A primeira sede foi, evidentemente, a da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional - SAIN, em cuja sala de sessões fundou-se o Instituto.

Em 1840, mudou-se para o Paço da Cidade, a princípio em dependências do Almoxarifado, depois na sala à esquerda da Portaria das Damas e, finalmente, no terceiro pavimento do antigo Convento do Carmo, ao lado da Capela Imperial, onde hoje se acha instalada a Universidade Cândido Mendes, em cuja entrada principal foi aposta, em 2001, placa evocativa.

Com a necessidade de obras nesse local, o Instituto funcionou, de junho a agosto de 1906, no Real Gabinete Português de Leitura.

Em 21 de outubro de 1913, o Conde de Afonso Celso instalou o Instituto "na ala que edificara para sua sede, ao flanco do Silogeu, na esquina das Avenidas Augusto Severo e Teixeira de Freitas", o mesmo local em que, em 1972, foi acabada de construir-se e inaugurada a sede atual.

O Edifício Pedro Calmon

A Lei nº 2.554, de 3 de agosto de 1955, sancionada pelo Presidente João Café Filho, autorizou fosse cedido ao Instituto "o terreno em que foi edificado o Silogeu, à Avenida Augusto Severo, no 4", com várias obrigações, entre elas a de atender ao "recuo exigido pelos planos urbanísticos municipais".

No ato, foi concedida, a título de auxílio, a importância de 8 milhões de cruzeiros, acrescida, pela Lei nº 3.442, de 30 milhões.

A escritura foi lavrada em janeiro de 1957 e aprovada pelo Tribunal de Contas.

A 10 de setembro de 1958 foi nomeada pelo presidente José Carlos de Macedo Soares uma comissão especial. Uma semana depois, o prof. Adolfo Morales de los Rios Filho traçou o anteprojeto do futuro prédio, que não foi aceito pela Prefeitura, sendo necessárias modificações feitas por firma idônea, a Pan Americana de Engenharia S. A.

A execução do projeto coube a diversas empresas, conforme as especializações.

O prédio só foi possível construir-se graças a empréstimo concedido pela Caixa Econômica Federal, durante a administração de Pedro Calmon, que também obteria, anos depois, a quitação do débito hipotecário junto ao Governo Federal.

A inauguração teve lugar no dia 5 de setembro de 1972 com a presença do Presidente da República, gen. Emílio Garrastazu Médici.

A Revista

A Revista Trimensal de Geografia e História ou Jornal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro fundado no Rio de Janeiro sob os auspícios da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, que já foi do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil, nome que a instituição jamais teve, é hoje, simplesmente, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Nos seus mais de 425 números, editados sem interrupção, constitui-se na mais antiga publicação do gênero em todo o mundo. Tal circunstância valeu-lhe a inclusão no Guiness Book Records.

O 1º número corresponde ao 1º trimestre de 1839. A Comissão de Redação estava constituída pelo dr. José Marcelino da Rocha Cabral e o sr. Antonio José de Paiva Guedes.

Publicações Diversas

Além da Revista, o Instituto tem publicado obras avulsas, que atingem cerca de 500 títulos, entre os quais monografias, biografias, catálogos, anais etc.

Para mencionar alguns:

Homenagem a Pedro II, em 2 v.; Novo Orbe Serafico Brasílico, de Frei Jaboatão; Centenário da Imprensa no Brasil, 2 v.; A Missão Artística de 1816, de Afonso Taunay; A abolição e seus efeitos econômicos, de Agenor de Roure; Efemérides Brasileiras, do Barão do Rio Branco; O Ano da Independência; Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil em 2 v.; A política exterior do Império, de Pandiá Calógeras, em 2 v.; História do Brasil, de Handelmann; No tempo dos Vice-Reis, de Luís Edmundo; OConselho de Estado, de Tavares Lyra; Antiqualhas e memórias do Rio de Janeiro, por Vieira Fazenda; O Sertão Carioca, de Magalhães Correia;História da Independência, de Varnhagen; As cidades do Salvador e Rio de Janeiro no século XVIII, de Gilberto Ferrez; A Amazônia na era Pombalina, de Marcos Carneiro de Mendonça, em 3 v.; Dicionário biobibliográfico de historiadores, geógrafos e antropólogos brasileiros, de Vicente Tapajós et al, em 6 v., Álbum dos 150 anos do IHGB; Índice dos Anais dos Congressos e Simpósios no IHGB (1914-2000); Inventário Arquivo UDN; Dicionário biobliográfico de sócios estrangeiros (século XIX), de Elysio Custódio Gonçalves de Oliveira Belchior.