Abertura

Instituto Celebra os 175 Anos de Fundação

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Fotografias: Ivanoé

Com a presença de 42 sócios, representantes de instituições culturais e numerosos convidados, realizou-se, em 23 de outubro, no Salão Nobre, a Sessão Magna comemorativa dos 175 anos de fundação do Instituto.

A mesa diretora foi integrada pelo presidente e 1ª secretária, pelo presidente do IBRAM, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, pelos presidentes dos Institutos Históricos do Espírito Santo e Rio de Janeiro, Getúlio Marcos Pereira Neves e Paulo Knauss, pelo príncipe D. Manuel de Orleans e Bragança, pelo 1º vice-presidente do Instituto de Minas Gerais, Gilberto Madeira Peixoto, pelo secretário perpétuo do Instituto de Pernambuco, Reinaldo Carneiro Leão, e pelo presidente do Instituto de Petrópolis, Luiz Carlos Gomes.

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A sessão foi aberta pela execução do Hino Nacional Brasileiro, pela Banda do Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador, seguindo-se a leitura das Efemérides Brasileiras, do Barão do Rio Branco, alusivasà data.

Em sua fala, o presidente Arno Wehling discorreu sobre o papel do Instituto
como lugar de produção do conhecimento, desde a primeira sessão quando o
fundador e secretário perpétuo, Januário da Cunha Barbosa, traçou um paralelo entre a mão de obra escrava, africana, e a dos naturais da terra, no tocante à agricultura.

Lembrou a figura do Visconde de São Leopoldo, primeiro presidente, que discutiu o papel das ideias da Ilustração na criação do Instituto e a preocupação com a construção da identidade nacional.

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Destacou, ainda, nas atividades do IHGB, a fundação da Escola de Altos Estudos, depois intitulada Faculdade de Letras, Ciências Políticas e Sociais, a interlocução com os Institutos Históricos das antigas províncias e, já agora também, com os institutos municipais, traduzida em sucessivos Colóquios, a realização e a participação em congressos das Academias Iberoamericanas de História, a organização de seminários e cursos, a atividade semanal da CEPHAS, a constituição dos acervos bibliográfico, hemerográfico, arquivístico, iconográfico, cartográfico e museológico, as dezenas de publicações, a formação de um quadro acadêmico de corte variado nas diversas áreas de interesse do Instituto, e, já agora, a instalação de núcleos para desenvolvimento de projetos de pesquisa por membros do Instituto e pesquisadores convidados - uma atualização, sem dúvida. da proposta dos fundadores de coligir, metodizar e divulgar a história brasileira.

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Coube à 1ª secretária Cybelle de Ipanema apresentar o relatório de atividades no exercício e ao orador Alberto da Costa e Silva proferir o elogio dos sócios falecidos no exercício 2012-2013 e de integrantes do Quadro Social cujo desaparecimento só então veio a ser de conhecimento do Instituto.

A sessão foi seguida de recepção no terraço,quando foram lançados os números 458 e 459 da Revista, distribuídos aos presentes.

Seminário Internacional Os Vice-Reis no Rio de Janeiro - 250 Anos
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Em parceria com o Museu Histórico Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e o Programa de Pós-Graduação em História da UFF, o Instituto realizou, de 7 a 10 de outubro, o Seminário Internacional Os Vice-Reis no Rio de Janeiro - 250 anos.

O evento desdobrou-se em 4 conferências e 10 mesas-redondas, seguidas de debates, e contou, ainda, com a inauguração da exposição “Há 250 anos. De Salvador para o Rio de Janeiro”, no MHN.

As conferências ficaram a cargo de (1) Maria Beatriz Nizza da Silva (Os vice-reis e as diretrizes ilustradas da Coroa), na abertura, (2) António Manuel Hespanha (Esboçando um Estado “pos feudal” – As leituras dos juristas e burocratas dos finais do século XVIII), (3) Richard Graham (O vice-rei e a (des)união do Brasil), (4) Arno Wehling (O ofício de vice-rei no Estado do Brasil, 1763-1808) e (5) Washington Fajardo (Rio de Janeiro hoje: Patrimônio da Humanidade).

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Das mesas-redondas participaram, (6) Nireu Cavalcanti (UFF), José Pessoa (UFF), Maria Regina Celestino (UFF), na de Espaços e referências urbanas; (7) Regina Wanderley (UERJ), Fabiano Vilaça (UERJ) e Adriana Barreto de Souza (UFRJ), na de Política e governança; (8) Maria de Lourdes Viana Lyra, Airton Seelaender (UFSC) e Arno Wehling, na de Sede do estado do Brasil; (9) Synésio Góes Filho, Fernando Camargo (UFPel) e Adler Fonseca de Castro (IPHAN), na de Território e defesa do Brasil; (10) Leila Algrant (UNICAMP), Jean Marcel França (UNESP) e Alberto da Costa e Silva (A Cidade dos vice-reis e sua Gente); (11) Neusa Fernandes (IHGRJ), William Martins (UFRJ) e Guilherme Pereira das Neves, na de Religião e Sociedade); (12) Fábio Pesavento (ESPM/ES), Carlos Gabriel Guimarães (UFF) e José Jobson de Arruda, na de O Comércio dos Homens); (13) Domício Proença Filho (ABL), Myriam Andrade Ribeiro e Vasco Mariz, na de As Letras e as Artes); (14) Lucia Guimarães, Paulo Knauss e Isabel Lenzi, na de Historiografia das comemorações, e (15) Cybelle de IpanemaLuiz de Castro Souza Vera Lucia Tostes, na de Memórias de 1963.

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Na oportunidade foi lançados o livro anual do Museu Histórico Nacional (2012).

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Administração

Atos do Presidente

– Edital nº 13/13, de 14 de outubro – Convida os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes Brasileiros a se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária no dia 13 de novembro, em primeira convocação às 11:30 horas e em segunda convocação às 13:30 horas, com a seguinte pauta: Eleição de novos membros do Quadro Social nas categorias: Sócio Emérito, 1 vaga; Sócio Titular, 2 vagas; Sócio Correspondente Brasileiro, 3 vagas; Sócio Correspondente Estrangeiro, 3 vagas; Sócio Honorário Brasileiro, 3 vagas.

Atividades de Outubro
2 15h CEPHAS com as comunicações: Comissão Técnica de Piscicultura no Nordeste (1932-1945), por Melquíades Pinto Paiva, e A estética de Don Quixote e a imagem difícil de Prudente de Morais, por Rogéria de Ipanema.
9 e 10 9h às 17h Seminário Internacional – Os Vice Reis no Rio de Janeiro – 250 anos.
16 15h CEPHAS com as comunicações: A expressão heráldica da autoridade da Coroa de Portugal nos seus domínios ultramarinos, por Miguel Seixas, eCivilização e lei na política centralizadora joanina, por Arno Wehling.
  17h Sessão solene de posse do sócio correspondente brasileiro Reinaldo José Carneiro Leão.
23 17h Sessão Magna – Comemorativa do 175o aniversário de fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
30 15h CEPHAS com as comunicações: O acervo etnográfico do Museu Nacional e suas conexões com o IHGB no século XIX, por Mariza Carvalho, e Inovação e permanência da administração fazendária na América portuguesa, porMarcos Sanches.
Programação de Novembro
6 17h Sessão solene de posse da sócia titular Dora Alcântara que será recebida pelo sócio titular Victorino Chermont de Miranda e falará sobre Alguma arquitetura brasileira e suas raízes.
13 15h CEPHAS com as comunicações: O Tribunal do comércio – magistrados e negociantes na Corte do Império do Brasil, por Edson Alvisi, e Da História à Etno-História, por Roque de Barros Laraia..
  17h Sessão solene de posse do sócio correspondente brasileiro Augusto Cesar Zeferino que será recebido pelo sócio titular Arno Wehling e falará sobre:Fortalezas dos Mares do Sul – A geograf a da guerra num Império em risco.
20   Não haverá sessão da CEPHAS.
26 10h Sessão em homenagem a Helio Jaguaribe Gomes de Mattos. Abertura, Arno Wehling e José Vicente de Sá Pimentel; intervenções: Celso Lafer, Candido Mendes, Bolívar Lamounier, Francisco Corrêa Weffort e Samuel Pinheiro Guimarães.
27 14h Sessão em homenagem aos 250 anos de nascimento de José Bonifácio, porJosé Murilo de Carvalho, Rubens Ricupero, Carlos Filgueiras, Alberto da Costa e Silva e Lucia Bastos.
Estatísticas

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Corpo Social

Notícias de Sócios

Angelo Oswaldo de Araújo Santos examinou, em artigo intitulado “Modas e Modos”, em O Globo, a trajetória e dilemas das leis de incentivo fiscal no Brasil e na França. Dia 4.

Evaldo Cabral de Mello entregou à Companhia das Letras seu novo livroA educação pela guerra. Dia 6.

João Eurípedes Franklin Leal ministrou uma Oficina Prática de Paleografia e fez a Conferência de Abertura da Semana Acadêmica Integrada de Biblioteconomia, Arquivologia  Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Dias 23 a 25.

José Almino Alencar teve lançado, pela Imprensa Oficial de São Paulo, seu ensaio sobre Américo Jacobina Lacombe.

Kenneth Maxwell assina o prefácio sobre o chamado “Livro de Tiradentes”, em que analisa as relações dos inconfidentes com os autores da Declaração de Independência das ex-colônias americanas.

Luiz Felipe Lampreia analisa, em sua coluna em O Globo, os desafios críticos que se apresentam à economia no Brasil e no mundo. Dia 19.

Marcílio Marques Moreira realizou palestra, na Academia Carioca de Letras, sobre “Santiago Dantas - O estilista das palavras”. Dia 28.

Roderick Barman assina, na Revista de História da Biblioteca Nacional, de outubro, artigo intitulado “Dilemas de um príncipe consorte”, acerca doConde d’Eu.

Destaque na Imprensa
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Reprodução: O Globo

O destaque do mês é compartido, nesta edição pelos consócios Maria Beltrão e Francisco Doratioto, por suas entrevistas a O Globo, de 27 out., e à Revista de História da Biblioteca Nacional, edição do mês.

Maria Beltrão teve seu perfil de arqueóloga traçado por Arnaldo Bloch, desde a infância de menina curiosa, em São Fidélis, no interior do Rio, na fazenda de seu pai, até os dias de hoje, quando recolhe os louros de sua descoberta do sítio denominado Toca da Esperança, no interior da Bahia, quanto à chegada do homo erectus à América, antes do homo sapiens, séculos antes do que então se tinha por ocorrido. Relembrou o ceticismo da equipe enviada pelo paleontólogo francês Henry de Lumley, quando chegou à Bahia para validar o sítio, até o momento em que se deparou com um chopper, artefato típico dos locais mais remotos da África, de  civilizações que remontam a até 2 milhões de anos. Bloch destacou, ainda, a presença de Maria nos Conselhos das principais associações internacionais de paleontologia, geologia e arqueologia.

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Reprodução: Revista de História da Biblioteca Nacional

Francisco Doratioto, por seu turno, entrevistado por Bruno Gracia, negou o interesse da Inglaterra na deflagração da guerra do Paraguai, assim como do Brasil. Sustentou que o conflito atendia, sim, aos objetivos de Solano Lopez, de atacar a Argentina e o Uruguai, que o Paraguai não era, à época, o país industrializado e moderno que a historiografia paraguaia procurava fazer crer, que Caxias não queria a continuação da guerra, quando assumiu o comando em chefe, ser ainda impossível detectar as perdas humanas de parte a parte e que a guerra acabou por acentuar a rivalidade entre Brasil e Argentina, à conta das medidas tomadas pelo Império para garantir a continuidade do Estado paraguaio. Doratioto volta-se, agora, para as relações Brasil-Paraguai no tempo dos governos militares do Cone Sul, com vistas à publicação de um novo livro.

Posse de Sócios
Posse de Reinaldo José Carneiro Leão

Realizou-se, em 16 de outubro, na Sala Pedro Calmon, a sessão solene de posse do correspondente
brasileiro Reinaldo José Carneiro Leão, de Pernambuco, em ato que contou com a presença do historiador José Luiz da Mota Menezes, ex-presidente do IAHGP.

Introduzido pelos sócios Antonio Izaias da Costa AbreuEsther Caldas Bertoletti Marcilio Marques Moreira, Reinaldo prestou o compromisso regimental, recebeu o diploma das mãos do presidente Arno Wehling e a insígnia acadêmica de sua esposa Maria Teresa de Queiroz Monteiro Carneiro Leão.

Coube ao decano Luiz de Castro Souza proferir o discurso de recepção, destacando a vida e a obra do empossado, como historiador, genealogista, curador de exposições e secretário perpétuo do IAGHP. Em sua fala, intitulada “Pernambuco espoliado: Alagoas, Comarca de São Francisco e Fernando de Noronha”, Reinaldo lembrou as retaliações sofridas por seu estado natal em 1817, 1824 e 1942, que lhe custaram aqueles territórios.

O ato foi seguido de coquetel no terraço do edifício.

Instituições


Esta seção volta nas próximas edições.

Outras Notícias

– Treze alunos de graduação em História, com a professora Ivana Stolze Lima, da PUC-Rio, visitaram, em 25 de outubro, os espaços culturais do Instituto, com destaque para o Salão Nobre, ciceroneados pela 1ª secretária Cybelle de Ipanema.

Livros Recebidos

ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de. Nabuco e outros tempos. Recife : Bagaço, 2011. 279 p.

ALENCAR, José Almino de. Américo Jacobina Lacombe : cadeira 19, ocupante 5. Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Letras ; São Paulo : Impr. Oficial do Estado de São Paulo, 2013. 62 p.

ANDRADE, José Cardoso de ; ANDRADE, Rafael Medeiros de. O Cemitério dos Pássaros na Ilha de Paquetá : painel poético e homenagem ao Visconde de Uruguai. Rio de Janeiro : [s.n.]. 2013. 88 p.

ARINOS FILHO, Afonso. Tramonto : [memórias]. Rio de Janeiro : Objetiva, 2013. 172 p.

FERRARI, Fernando. Minha campanha. Porto Alegre : Globo, 1961. 238 p.

HEYNEMANN, Claudia Beatriz ; BASTOS, Denise de Morais ; ROCHA, Mariana Lambert Passos. Arquivos do Brasil : Memória do Mundo. Rio de Janeiro : Arquivo Nacional, 2013. 200 p.

O IMPÉRIO em Brasília : 190 anos da Assembléia Constituinte de 1823. Texto Arno Wehling, fotografia Jaime Acioli. São Paulo : Fundação Armando Álvares Penteado, 2013. 185 p.

JOFFILY, Mariana. No centro da engrenagem : os interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo : (1969-1975). Rio de Janeiro : Arquivo Nacional ; São Paulo : Impr. Oficial do Estado de São Paulo, 2013. 349 p.

LEITE, Antonio Echenique. A voz do Rio Grande : poema cívico. Pelotas : Livr. Universal, 1929. 35 p.

LEMOS, Juvencio Saldanha. Memórias do coronel. Porto Alegre : Letra & Vida, 2013. 438 p.

MENDONÇA, Renato. A influência africana no português do Brasil. Apresentação de Alberto da Costa e Silva. Brasília : Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. 195 p.

MIRANDA, Oswaldo. Mongeral Aegon : 175 anos de história. Rio de Janeiro : Monte Castelo Idéias, 2010. 352 p.

MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. A segunda guerra fria : geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos : das rebeliões na Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio. Prefácio de Samuel Pinheiro Guimarães. 1. ed. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 2013. 713 p.

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. São Paulo : Olhares, 2013. 300 p.

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Pernambuco e a cultura da Ilustração. Recife : Ed. Universitária UFPE, 2013. 227 p.

SIMONETTI, Ormuz Barbalho. A Praia da Pipa do tempo dos meus avós. Natal : O. Barbalho Simonetti, 2012. 406 p.

VASCONCELOS FILHO, Marcos Antônio Rodrigues. Arquivo Público de Alagoas : memórias histórico-administrativas. Maceió : Impr. Ofi cial Graciliano Ramos, 2012. 126 p.

WIESEBRON, Marianne (Ed.). Brazilië in de Nederlandse archieven : (1624-1654). Leiden : Leiden University Press, 2913, 555 p.

Clássicos da História

Seja qual for a nossa posição metafísica em relação ao conceito daliberdade da vontade, o certo é que as suas manifestações fenomenais, os atos humanas, bem como qualquer outro fenômeno da natureza, são determinados por leis naturais de caráter universal. A História, que se ocupa da narração destas manifestações, por profundamente ocultas que as suas causas possam estar, permite esperar que ela – tendo em consideração o jogo da liberdade da vontade humana na generalidade – venha a poder descobrir um curso regular dessas manifestações, e que, desta maneira, aquilo que nos parece confuso e irregular em indivíduos isolados, possa ser reconhecido no conjunto da espécie como um desenvolvimento sempre contínuo, embora lento, das suas capacidades originais. Assim, os casamentos, os nascimentos deles resultantes, e a morte parecem não estar submetidos a qualquer regra segundo a qual o seu número possa ser previamente determinado, devido à grande influência que neles exerce a livre vontade do homem; e, no entanto, as estatísticas anuais dos mesmos, nos grandes países, provam que eles se processam segundo leis naturais tão constantes como as que regem as inconstâncias do tempo atmosférico, impossíveis de determinar previamente em pormenor, mas não deixando, em conjunto, de assegurar o crescimento das plantas, o curso dos rios e outros fenômenos da natureza, numa marcha uniforme e ininterrupta. Os homens individualmente e até mesmo povos inteiros mal pensam que, ao seguirem as suas próprias intenções – cada qual à sua maneira e muitas vezes uns em oposição aos outros – prosseguem sem dar por tal um desígnio da natureza, que lhes é desconhecido, avançam como que guiados por um fi o condutor e trabalham na realização de um propósito, ao qual, mesmo que dele tivessem conhecimento, pouca importância dariam.

Immanuel Kant, Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita, in Patrick Gardiner, Teorias da História, Lisboa, FCG, 1969, p. 28