Abertura
IHGB recebe D. Orani Tempesta
Realizou-se, na tarde de 29 de abril, no Salão Nobre do Instituto, a solenidade de posse de D. Orani João Tempesta. Recebido no gabinete da presidência, e por este ciceroneado, D. Orani percorreu as instalações do Instituto antes de dirigir-se à Sala Pedro Calmon, onde foi apresentado a sócios e convidados.Iniciada a cerimônia, D. Orani foi acompanhado à Mesa Diretora pelos sóciosCélio Borja, José Arthur Rios e Victorino Chermont de Miranda, tendo prestado o compromisso regimental e recebido do presidente Arno Wehling o diploma de sócio e de Luiz Felipe de Seixas Corrêa, o colar acadêmico.
Assomando à tribuna, o empossado traçou um quadro da presença da Igreja na história brasileira, detendo-se na figura do padre José de Anchieta, recém-canonizado, e na missão evangelizadora que aqui desenvolveu e em seu protagonismo na fundação da cidade do Rio de Janeiro. Declarou-se agradecido e honrado por passar a integrar a Casa da Memória Nacional.
Com sua posse, D. Orani tornou-se o 7º titular da hoje arquidiocese carioca a integrar o Instituto, na linha iniciada pelo bispo D. Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, conde de Irajá, e continuada pelo primeiro arcebispo D. João Esberard e pelos cardeais D.Joaquim Arcoverde, D. Sebastião Leme, D. Jaime Câmara e D. Eugênio Sales, e o 32º membro do episcopado brasileiro.O ato contou com a presença, entre outros, do presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novelino, do diretor da Diretoria de Patrimônio do Exército, gen. Walter Pina Stoffel, dos bispos auxiliares do Rio de Janeiro, D. Antonio Augusto Dias Duarte e D. Roque Costa Souza, do representante da Família Imperial, D. Antonio de Orleans e Bragança, do diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira, dos presidentes do PEN Clube do Brasil e da Academia Carioca de Letras, Cláudio Aguiar e Ricardo Cravo Albin, do representante do reitor da PUC Rio, Pe. Jesus Hortal, dos ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargadores Marcus Faver e José Carlos Murta Ribeiro, do abade emérito do Mosteiro de São Bento, D. José Palmeiro Mendes, e do capelão da Imperial Irmandade de N. S. da Glória do Outeiro, mons. Sergio Costa Couto.
Após a solenidade, seguiu-se o tradicional coquetel oferecido no terraço.
Curso Expressões do Rio de Janeiro - 450 Anos da Cidade
De 13 a 16 de abril, teve lugar novo evento em comemoração dos 450 anos de fundação da cidade – o Curso Expressões do Rio de Janeiro – pela Diretoria Adjunta de Cursos e a coordenação acadêmica do escritor Cláudio Murilo Leal.
Constando de 8 aulas, abordou os temas Sabedores do Rio(Cybelle de Ipanema), A crônica carioca (Cláudio Murilo Leal),A história da poesia carioca (Gilberto Araújo), Aspectos da arquitetura contemporânea do Rio de Janeiro (Luiz Fernando Janot), A História do jornalismo carioca (Cícero Sandroni), A História da literatura infantil (Laura Sandroni), O romance histórico do Rio de Janeiro (Alcmeno Bastos) e O choro e o samba cariocas (Ricardo Cravo Albin).
Administração
Noticiário da Administração
Atos do Presidente
– Edital nº 02/15, de 20 de abril – declara aberta a vaga no quadro de sócios honorários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Paulo Brossard de Souza Pinto.
– Edital nº 02/15, de 30 de abril – Designar os sócios para compor o Comitê Científico e Organizador do Congresso Internacional Brasil como Reino Unido: 200 anos depois. Arno Wehling, Lucia Maria Bastos Pereira das Neves,Lucia Maria Paschoal Guimarães, Isabel Lustosa e Antonio Celso Alves Pereira.
Atividades de Abril
| 08 | 17h | Mesa redonda – Presença italiana na alimentação e gastronomia no Brasil, coordenação José Arthur Rios, participações Miridan Britto Falci, Aniello Angelo Avella, Marina Faccioli, Ernesto Di Renzo e Luca Benini. Apresentação da 2ª edição brasileira do livro Teresa Cristina de Bourbon: uma imperatriz napolitana nos trópicos (1843-1889) de Aniello Angelo Avella, por Mauricio Vicente Ferreira Junior. |
| 13 a16 | 17h30 | Curso Expressões do Rio de Janeiro – 450 anos da cidade. |
| 15 | 15h | CEPHAS com as comunicações: Romance no Vale do Café, por Fernando Tasso Fragoso Pires, O saneamento urbanístico de Pereira Passos, porMiranda Neto, e Apresentação e lançamento do livro A Engenharia e os Engenheiros na Sociedade Brasileira, por Pedro Carlos da Silva Telles. |
| 29 | 17h | Sessão solene de posse do sócio honorário brasileiro D. Orani João Tempesta que foi recebido pelo sócio titular Arno Wehling. |
Programação de Maio
| 06 | 15h | CEPHAS com as comunicações: Fontes para a Nova História da Administração Pública brasileira, por Frederico Lustosa, O saneamento urbanístico de Pereira Passos, e Apresentação e lançamento do livro Os franceses na Guanabara, por Vasco Mariz. |
| 13 | 15h | CEPHAS com as comunicações: O 70º aniversário do final da 2ª Guerra Mundial e seu significado para o Brasil, por Sérgio Paulo Muniz Costa, e Em torno de “Uns e outros” da geração de 1870, por José Almino de Alencar. |
| 20 | 17h | Sessão solene de posse da sócia honorária brasileira Maria Arair Pinto Paiva que será recebida pelo sócio emérito José Arthur Rios e falará sobreFrancisco Alves Lima (1869-1958): um precursor do Direito no Brasil. |
| 27 | 15h | Sessão temática – GEPISP no IHGB: Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Sociedade e Política. Convidados, Avelino Romero, Magali Engel e Karoline Carula. |
Estatísticas
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Corpo Social
Notícias de Sócios
Alberto da Costa e Silva realizou conferência sobre “Fontes da história de África”, na sessão comemorativa dos 79 anos de fundação do PEN Clube do Brasil. Dia 6.
Aniello Avella atuou como moderador da Mesa de Debates sobre o livroTurismo e Território na Itália, Novas perspectivas, Novos desafios, lançado pela UERJ e pela Universidade Tor Vergata, de Roma. Dia 14.
Arnaldo Niskier foi homenageado, pelos seus 80 anos, com o lançamento do livro Fotobiografia Arnaldo Niskier e a inauguração da exposição “Arnaldo Niskier 80 anos”, na ABL. Dia 30.
Candido Mendes comentou, em sua coluna em O Globo, a marcha de protesto de 12 de abril. Dia 20.
Cybelle de Ipanema foi notícia, em O Globo, a propósito do vídeo que foi ao ar, no dia seguinte, sobre o lançamento, por ocasião das festividades do IV Centenário do Rio, dos livretos com a obra “Aspectos da história do Rio de Janeiro”, de Marcello de Ipanema (†), por aviões da FAB, no Parque do Flamengo e na praia de Copacabana. Dia 30.
Jonas Correia Neto foi entrevistado pelo Exército, como mais antigo general ex-comandante da Artilharia Divisionária da 3ª Divisão, sediada em Cruz Alta, RS, a propósito do centenário da referida Divisão, por ele chefiada de maio/79 a ago./81. Dia 9.
José Almino de Alencar teve publicados, na edição de abril da revista Piauí,cinco sonetos, ilustrados com uma bela pintura de Amilcar de Castro, do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
Luiz Felipe Lampreia abordou, em sua coluna em O Globo, os avanços obtidos nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. Dia 7.
Maurício Vicente Ferreira anunciou, em entrevista a O Globo, a divulgação, no período de 29 de abril a 24 de junho, dia por dia, no portal do Museu Imperial de Petrópolis e no site do Consulado dos Estados Unidos, do diário da viagem de D. Pedro II àquele país, em 1876. Dia 11.
Roberto DaMatta comentou, em sua coluna em O Globo, a arraigada tradição do “tráfico de influência” de nosso sistema político, definindo-a como verdadeira patologia nacional. Dia 29.
Sérgio Paulo Muniz Costa realizou palestra, no Comando Militar do Sul, sobre “31 de março de 1964 – o seu significado”. Dia 31 mar.
Sergio Paulo Rouanet realizou palestra sobre “Machado de Assis e a correspondência”, no
Colóquio sobre Machado de Assis promovido pela ABL. Dia 29.
Destaque na Imprensa
O destaque do mês, na imprensa, fi cou paraFernando Henrique Cardoso, por sua entrevista à edição de 22 de abril, de O Globo, sobre o problema das drogas.Membro da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, Fernando Henrique cobrou do Supremo Tribunal Federal o julgamento do Recurso Extraordinário interposto contra a decisão que descriminalizou seu uso, argumentando que a proibição indiscriminada de todas as substancias e a criminalização de todo e qualquer uso não reduziram nem a produção nem o consumo, abrindo, ao revés, a porta para a corrupção, o fortalecimento das organizações criminosas, a violência e a violação de direitos, dificultando, ainda, o acesso ao tratamento e às ações de prevenção.
Observou, também, que regulação não é sinônimo de liberalização ou de legalização e que foi o enfrentamento sem preconceitos da questão da AIDS que levou à implantação de um programa hoje reconhecido internacionalmente.
Posse de Sócio
Em sessão administrativa, no Gabinete da Presidência, tomou posse como sócio correspondente estrangeiro, o historiador italiano Silvano Peloso, o qual recebeu o Diploma de Sócio do presidente Arno Wehling e o colar acadêmico de sua esposa, profª Sonia Netto Salomão. O sócioAntonio Celso Alves Pereira, que o indicara, apresentou-o em breves palavras, que o empossado agradeceu, tendo o presidente lhe dado as boas vindas.Sócio Falecido
O Instituto perdeu, em 13 de abril, em Porto Alegre, um das mais importantes figuras de homem público de seu quadro social – Paulo Brossard de Souza Pinto.
Jurista de renome, Brossard, nascido em Bagé, RS, em 23/10/1924, foi professor de Direito Civil e Constitucional da PUCRS e de Direito Constitucional da UFRGS, consultor geral da República (1985/1986) e ministro do Supremo Tribunal Federal (1989/1994). Na política, em que antes ingressara, foi deputado estadual por três vezes pelo Partido Libertador, secretário de Interior e Justiça do Rio Grande do Sul, senador pelo MDB (1985/1986), ministro de estado da Justiça, no governo Sarney (1986/1989). Orador brilhante e combativo, foi candidato à vice-presidência na chapa do MDB encabeçada pelo gen. Euler Bentes Monteiro (1978).
Publicou, entre outros: O impeachment (tese de concurso), Rui e o presidencialismo, Raul Pilla e Seleção de textos e Introdução à obra “Ideias Políticas de Assis Brasil” (3 v.).
Era membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, seção RGS, e da Academia Riograndense de Letras. Foi eleito sócio honorário do IHGB em 30/09/1987.
Instituições
Notícias de Instituições Congêneres
Esta seção volta nas próximas edições.
Outras Notícias
Livros Recebidos
ADRIÃO, Paulo Cezar de Aguiar; MARTINS, Hélio Leôncio. História da hidrografia no Brasil: a era do prumo de mão. Niterói: [s.n.], 2014. v.1.
BITTENCOURT SAMPAIO, Sérgio. Música em questão. Rio de Janeiro: Mauad, 2014. 200 p.
BOMFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. Prefácio Vera Alves. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro. 2013. 428 p.
BRASIL, Helio; CAVALCANTI, Nireu. Tesouro: o Palácio da Fazenda, da era Vargas aos 450 anos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Pébola, 2015. 160 p.
FERNANDES, Neusa. A ABM e a regulamentação da profissão de museólogo. Rio de Janeiro: UNIRIO, Escola de Museologia, 2014. 92 p.
FREITAS, Elcio de Sá. A busca de grandeza: Marinha, tecnologia, desenvolvimento e defesa. Rio de Janeiro: Serv. de Documentação da Marinha, 2014. 279 p.
GOUVÊA, Fernando da Cruz. O comportamento de Joaquim Nabuco. Recife: Fundação Joaquim Nabuco: Massangana, 2013. 185 p.
GUIA do patrimônio cultural carioca: bens tombados 2014. 5. ed. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2014. 288 p.
MARIZ, Vasco ; PROVENÇAL, Lucien. Os franceses na Guanabara: Villegagnon e a França Antártica. (1555-1567). 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. 220 p.
PELOSO, Silvano. Antonio Vieira e l’impero universale: la Clavis Prophetarum e i documenti inquisitoriali. Viterbo: Sette Città, 2005. 265 p.
PELOSO, Silvano. Al di là delle Colonne d’Ercole: Madera e gli arcipelaghi atlantici nelle cronache italiane di viaggio dell’Età delle Scoperte. Viterbo: Sette Città, 2004. 333 p.
PELOSO, Silvano. Medioevo nel sertão: tradizione medievale europea e archetipi della letteratura nel Nordeste del Brasile. Napoli: Liguori, 1984. 206 p.
PELOSO, Silvano. La voce e il tempo: modelli storico-letterari della tradizione portoghese. Viterbo: Sette Città, 1992. 233 p.
PELOSO, Silvano (Org.); Amazzonia: mito e letteratura del mondo perduto. Roma: Ed. Reuniti, 1988. 325 p.
SIMON, Pedro. Confesso que lutei: o discurso de despedida de Pedro Simon do Senado: cinco horas de emoção, ética e política na sessão histórica de 10 de setembro de 2014. Brasília: Senado Federal, 2014. 161 p.
TELLES, Pedro Carlos da Silva. A engenharia e os engenheiros na sociedade brasileira. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 141 p.
WEYNE, Gastão Rúbio de Sá. Joaquim Gomes de Sá, Souzinha: entre o cálculo integral e os poemas universais. São Paulo; Scortecci, 2012. 95 p.
Algumas Pesquisas
ARAUJO. Caetano Ernesto Pereira de (Professor) – UFRJ. Assunto: origem das fazendas de São Joaquim da Grama e Santo Antonio da Olaria. Finalidade: pesquisa de pós-doutorado.
CALAZANS, Marília (Mestranda) – USP. Assunto: mapas, arquivo português. Finalidade: mestrado.
COTTA, Natasha (Universitária) – Faculdade Estácio de Sá. Assunto: habitações populares. Finalidade: documentário
GONÇALVES, Gabriela de Souza (Professora/Pesquisadora) – Insight. Assunto: Roberto Simonsen. Finalidade: biografia.
MACIEL, Guilherme Estevão de Lima (Universitário) – FAU/UFRJ. Assunto: triangulação – Rio de Janeiro, RJ. Finalidade: iniciação científica.
MORAES, Felipe Tavares de (Doutorando) – USP. Assunto: José Veríssimo. Finalidade: levantamento documental de pesquisa de doutorado.
PEIXOTO, Priscila Alves (Doutoranda) – PROURB/UFRJ. Assunto: Henrique de Beaurepaire- Rohan. Finalidade: doutorado.
PRATA, Jorge (Professor) – UNIVERSO. Assunto: saúde, epidemias. Finalidade: livro.
SANTOS, Felipe Martins dos (Mestrando) – UFFRJ. Assunto: Nilo Peçanha. Finalidade: política na 1ª República.
SILVA, Michelle Samuel da (Mestranda) – UNIRIO. Assunto: história da América portuguesa. Finalidade: dissertação de mestrado.
SILVA FILHO, José Oliveira da (Doutorando) – PUC-RS. Assunto: Álbum – Maranhão. Finalidade: tese de doutorado.
SOARES, Luiz Gustavo da Cunha (Historiador) – USP. Assunto: Conde Francisco Matarazzo. Finalidade: produção áudio visual.
Clássicos da História
A época moderna, com sua crescente alienação do mundo, conduziu a uma situação em que o homem, onde quer que vá, encontra apenas a si mesmo. Todos os processos da terra e do universo se revelaram como sendo os feitos pelo homem ou potencialmente produzidos por ele. Esses processos, após como que devorarem a sólida objetividade do dado, terminaram por destituir de significado o único processo geral que originalmente fora concebido com o fito de lhes dar significado, e para agir, por assim dizer, como o espaço-tempo eterno no qual todos eles poderiam fluir, libertando-se, assim, de seus conflitos e exclusividades mútuos. Foi o que aconteceu ao nosso conceito de história, como foi o que sucedeu ao nosso conceito de natureza. Na situação de radical alienação do mundo, nem a história nem a natureza são em absoluto concebíveis. Essa dupla perda do mundo – a perda da natureza e a perda da obra humana no senso mais lato, que incluiria toda a história – deixou atrás de si uma sociedade de homens que, sem um mundo comum que a um só tempo os relacione e separe, ou vivem em uma separação desesperadamente solitária ou são comprimidos em uma massa. Pois uma sociedade de massas nada mais é que aquele tipo de vida organizada que automaticamente se estabelece entre seres humanos que se relacionam ainda uns aos outros mas que perderam o mundo outrora comum a todos eles.
Hannah Arendt, Entre o passado e o futuro, São Paulo, Perspectiva, 1972, p. 125-126