Abertura

IHGB inaugura o Ano Social comemorando os 450 anos de fundação do Rio de Janeiro e entrega o Prêmio Pedro Calmon

300 abertura 01

300 abertura 02As atividades sociais de 2015 do IHGB foram ofi cialmente abertas, na tarde de 18 de março, com a conferência do presidente do Comitê Rio450 e Secretário Municipal de Cultura, Marcelo Calero, no Salão Nobre, presentes, entre outros, os presidentes do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, gen. Aureliano Pinto de Moura, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, José Luiz da Mota Menezes, e da Academia Carioca de Letras, Ricardo Cravo Albin, e o diretor do Instituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, Andrea Baldi, os quais compuseram a mesa diretora, juntamente com o presidente Arno Wehling e a 1ª secretária Cybelle de Ipanema.

O conferencista, depois de destacar a parceria do IHGB com a Prefeitura na organização dos festejos comemorativos, lembrou a realização, já no ano passado, do Curso sobre a História do Rio de Janeiro, aberto não apenas ao público habitual do Instituto, ao pessoal da Secretaria Municipal de Educação. Falou, ainda, nas diversas atividades programadas para os 450 anos e exibiu a marca que vem caracterizando, ao lado das obras de reurbanização da cidade, a referida efeméride, marca essa resultante de concurso entre escritórios de design e que logrou associar a data com o espírito carioca. Frisou, ainda, que o Comitê buscou conhecer as realizações de cinquenta anos atrás, quando das comemorações do IV Centenário do então Estado da Guanabara, bastante estimuladas por seu governador Carlos Lacerda.

300 abertura 04Na 2ª parte da sessão, o presidente Arno Wehling efetuou a distribuição do Prêmio “Pedro Calmon”, referente aos agraciados da 4ª edição, relativa ao VI Colóquio dos Institutos Históricos, realizado em outubro de 2014, tendo a Medalha e Diploma respectivos sido outorgados ao historiador George F. Cabral de Souza, presente à sessão, por seu livro Tratos e Mofratas: o grupo mercantil do Recife colonial (c.1654-c.1759), indicado pelo IAHGP, e quatro Diplomas de Menção Honrosa aos historiadores Ana Luiza Almeida Ferro, também presente, pelo livro 1612 – Os Papagaios Amarelos na Ilha do Maranhão e a Fundação de São Luís, indicação do IHGMA, Paulo Pitaluga Costa e Silva, pelo livro Aleixo Garcia – o Homem e o Mito, indicado pelo IHGMT, Paulo Cezar Vargas Freire, pela História dos antigos domínios nos ervais do Paraguai, indicada pelo IHGMS, e Nelly Candeias, pelo livro Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – 10 anos de memória paulista (2002-2012), indicação do IHGSP, a qual se fez representar pelo consócio Armando Alexandre dos Santos.

A sessão foi seguida do tradicional coquetel no terraço do Instituto, com a presença de 47 sócios, dentre os quais os correspondentes de Portugal (Miguel Corrêa Monteiro), Itália (Aniello Avella), Brasília (Pe. José Carlos Aleixo), São Paulo (Armando Alexandre dos Santos) e Espírito Santo (Gabriel de Mello Bittencourt).

A sessão de homenagem ao centenário do almirante Helio Leoncio

O IHGB comemorou, em 25 de março, o centenário de nascimento de seu sócio Helio Leoncio Martins, transcorrido em 12 de janeiro p.p. A sessão foi aberta pelo presidente Arno Wehling que destacou a signifi cação da comemoração para o IHGB e os méritos da obra do aniversariante, seguindo-se a saudação dos consócios Maria de Lourdes Viana Lyra, Jonas de Morais Correia Neto, Fernando Lourenço Fernandes, Armando de Senna Bittencourt e José Arthur Rios, que se detiveram sobre aspectos da vida e da obra do homenageado.

Em aplaudido improviso, o almirante Helio Leoncio recapitulou os pontos altos de sua trajetória e agradeceu ao Instituto a homenagem recebida, declarando constituírem a Marinha e o IHGB as razões de ser de sua realização profissional.

O ato contou, ainda, com a presença dos sócios Antonio Celso Pereira,Antonio Isaias de Abreu, Carlos Wehrs, Cybelle de Ipanema, Dora Alcântara, Fernando Tasso Fragoso Pires, João Eurípedes Franklin Leal, Pe. Jésus Hortal, José Murilo de Carvalho, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, Marcos Guimarães Sanches, Maria Arair Pinto Paiva, Miranda Neto, Paulo Knauss, Vera Cabana de Andrade e Victorino Chermont de Miranda.

Administração

Noticiário da Administração

 

Representanto o Instituto

– Sessão de abertura do ano social do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, em 12 de março – o presidente Arno Wehling.

– Simpósio “São José de Anchieta: apóstolo do Brasil e artífice da nacionalidade”, promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro em conjunto com o IHGB, em 18 de março – o 1º vicepresidente Victorino Chermont de Miranda. Ver encarte.

– Sessão de abertura do ano social da Academia Brasileira de Arte, em 27 de março – o presidente Arno Wehling.

– Sessão de posse, na mesma data, do sócio titular Evaldo Cabral de Mellona Academia Brasileira de Letras – o presidente Arno Wehling.

Atos do Presidente

– Edital nº 01/15, de 04 de março – declara aberta a vaga no quadro de sócios honorários brasileiros, em decorrência do falecimento do sócio Davis Ribeiro de Sena.

Atividades de Março

18 17h Abertura do Ano Social – Os 450 anos da Cidade do Rio de Janeiro,Conferência do Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e Presidente do Comitê Rio450, Marcelo Calero.
25 17h Sessão Comemorativa do 100o aniversário do sócio titular Helio Leoncio Martins. Falaram os sócios: José Arthur Rios, Jonas de Morais Correia Neto, Maria de Lourdes Viana Lyra, Armando de Senna Bittencourt eFernando Lourenço Fernandes.

Programação de Março

01 e 22   Não haverá Sessão da CEPHAS.
08 17h Mesa redonda – Presença italiana na alimentação e gastronomia no Brasil, coordenação José Arthur Rios, participações Miridan Britto Falci, Aniello Angelo Avella, Marina Faccioli, Ernesto Di Renzo e Luca Benini. Apresentação da 2ª edição brasileira do livro Teresa Cristina de Bourbon: uma imperatriz napolitana nos trópicos (1843-1889) de Aniello Angelo Avella, por Mauricio Vicente Ferreira Junior.
13 a16 17h30 Curso Expressões do Rio de Janeiro – 450 anos da cidade.
15 15h CEPHAS com as comunicações: Romance no Vale do Café, por Fernando Tasso Fragoso Pires, O saneamento urbanístico de Pereira Passos, por Miranda Neto, e Apresentação e lançamento do livro Engenharia e os Engenheiros na Sociedade Brasileira, por Pedro Carlos da Silva Telles.
29 17h Sessão solene de posse do sócio honorário brasileiro Dom Orani João Tempesta que será recebido pelo sócio titular Arno Wehling.

Estatísticas

Frequência de consulentes: 85.

Corpo Social

Notícias de Sócios

Arnaldo Niskier abordou, entre outros temas, em sua coluna em O Globo, o problema do ressurgimento do antissemitismo. Dia 1.

Carlos Eduardo Barata atualizou, em entrevista à Veja, a propósito das comemorações dos 450 anos do Rio, o levantamento de alguns dos troncos fundadores da cidade feito, por ocasião do IV Centenário, por Carlos G. Rheingantz, então presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia. Dia 25.

Cícero Sandroni teve resenhado, por Elias Fajardo, em O Globo, seu novo livro A arte de mentir (Rocco). Dia 7.

Edivaldo M. Boaventura elogiou, em sua coluna no jornal A Tarde, de Salvador, as realizações de Sylvia Athayde à frente do Museu de Arte da Bahia. Dia 31.

Fernando Henrique Cardoso, em artigo intitulado “A miséria da política”, em O Globo, deplorou a influência do marquetismo eleitoral sobre as ações do governo. Dia 1.

Fernando Tasso Fragoso Pires realizou palestra, na Imperial Irmandade de N. S. da Glória do Outeiro, em sessão presidida pelo cardeal Orani Tempesta, sobre a história do templo e seus vínculos com a família imperial.

Isabel Lustosa, Mary del Priore, Maurício Vicente Ferreira, Pedro Corrêa do Lago e Carlos Eduardo Barata figuram entre os consultores que subsidiaram a elaboração da lista de 450 personagens do Rio de Janeiro, da revista Veja.

José Almino de Alencar publicou, no Jornal do Commercio, do Recife, artigo intitulado “Um intelectual de verdade” sobre os 70 anos de falecimento de Mario de Andrade. Dia 29.

José Murilo de Carvalho comentou, em sua coluna no mesmo jornal, o papel do Judiciário e do Ministério Público na defesa dos valores republicanos. Dia 26.

Júlio Bandeira falou, no Fórum Carioca de Cultura, promovido pela Academia Carioca de Letras, em comemoração aos 450 anos do Rio, sobre “Debret e Thomas Ender: dois olhares sobre o Rio 1800”. Dia 30.

Luiz Alberto Moniz Bandeira denunciou, em entrevista ao site PT na Câmara, as tentativas do governo norteamericano de desestabilizar os governos de esquerda na América do Sul.

Melquíades Pinto Paiva foi agraciado com o título de sócio honorário da Academia Cearense de Ciências.

D. Orani Tempesta presidiu a solenidade de reinauguração do Centro Dom Vital no mesmo local onde, há 93 anos, foi fundado por Jackson de Figueiredo. Dia 13.

Roberto DaMatta evocou, em sua coluna em O Globo, a fi gura do padre Theodor M. Hesbourgh, presidente emérito e verdadeiro ícone da Universidade de Notre Dame, em South Bend, Indiana, que conhecera, nos idos de 1963, nos Estados Unidos, recém falecido. Dia 4.

Sergio Paulo Muniz Costa comentou, em seu artigo no Diário do Comércio, as manifestações de oposição ao governo havidas em diversas capitais. Dia 16.

Vasco Mariz proferiu conferência na Confederação Nacional do Comércio sob o título “A fundação do Rio de Janeiro: nem Estácio nem Villegagnon”. Dia 31.

Destaque na Imprensa

Reprodução O Globo-Serra

Maurício Vicente Ferreira Junior eEvaldo Cabral de Mello foram os destaques do mês na imprensa: o 1º, em 13 de março, por sua entrevista ao suplementoO Globo/ Serra, a propósito dos 172 anos da fundação de Petrópolis, e o 2º, na edição de 28, por sua posse na Academia Brasileira de Letras. Maurício falou de sua paixão pela cidade em que nasceu e pelo museu que dirige desde 2008, listando, orgulhoso, as peças que mais o encantam no acervo da casa: a pena da Lei Áurea, o cofre de porcelana do Príncipe de Joinville, o cetro com o dragão de ouro, a carruagem imperial e a tela de Pedro Américo sobre D. Pedro II na abertura da Assembleia Geral.

 
Reprodução: O Globo

Evaldo, empossado na noite de 27 na cadeira 34, foi saudado por Eduardo Portella e recebeu o colar acadêmico das mãos deJosé Murilo de Carvalho, o espadim deAlberto da Costa e Silva e o diploma deAlberto Venâncio Filho. Em sua fala, lamentou que a historiografia contemporânea não tivesse ainda produzido uma grande obra de História. Na edição de 29, voltaria a ser destaque, em entrevista ao mesmo jornal, sobre a emotividade excessiva do brasileiro e sua megalomania, “até mesmo na corrupção”.

Sócio Falecido

Foto: Acervo IHGB

Registra-se o falecimento, só agora noticiado ao Instituto, do sócio honorário Davis Ribeiro de Sena, ocorrido em 25/02/2015 em Mato Grosso do Sul, onde passara a residir nos últimos anos.

Militar, alcançou o posto de coronel e bacharelou-se em Administração de Empresas. Chefiou a Divisão Cultural e Histórica do Centro de Documentação do Exército e foi redator-chefe da Revista Militar Brasileira e da Revista do Exército Brasileiro. Era membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e dos Institutos da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Publicou, entre outros, Canudos – campanha militar. IV Expedição, As revoltas tenentistas que abalaram o Brasil e Luiz Carlos Prestes.

Ingressou no IHGB em 15/12/2004, quando ainda residia no Rio de Janeiro.

Instituições

Notícias de Instituições Congêneres

Esta seção volta nas próximas edições.

Outras Notícias

Outras Notícias

300 info 01– A 1ª secretária, Cybelle de Ipanema, convidada para participar da sessão comemorativa dos 37 anos de fundação do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, realizada em 27 de março, fez entrega, por delegação de seu presidente, Hildebrando Campestrini, ao governador do Estado, Reinaldo Azambuja Silva, do Diploma de Presidente de Honra daquele Instituto.

Livros Recebidos

AVILA, Christovão. Brasões de armas: armorial histórico da Casa da Torre de Garcia d’Avila. Rio de Janeiro: Hexis, 2014. 184 p.

CAMPESTRINI, Hildebrando et al. Enciclopédia das águas de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: Instituto Histórico de Mato Grosso do Sul, 2014. 328 p.

CAVALCANTI, Nireu. Histórias de conflitos no Rio de Janeiro colonial: da carta de Caminha ao contrabando de camisinhas: (1500-1807). 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. 308 p.

COSTA, Rafael Maul de Carvalho. Escravizados na liberdade: abolição, classe e cidadania na corte imperial. Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2014. 219 p.

DELMAS, Bruno. Arquivos para que?: textos escolhidos. Tradução de Danielle Ardaillon. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2010. 188 p.

FERRO, Ana Luiza Almeida. 1612: os papagaios amarelos na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís. Prefácios de Lucien Provençal, Vasco Mariz e Antonio Norberto. Curitiba: Juruá, 2014. 776 p.

FERRO, Ana Luiza Almeida. O Tribunal de Nuremberg: dos precedentes à confirmação de seus princípios. Belo Horizonte: Mandamentos, 2002. 165 p.

FREIRE, Paulo Cezar Vargas. Historia dos antigos domínios nos ervais do Paraguai: (1538-1811). Campo Grande, MS: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul,2014. 383 p.

LEITE, José Roberto Teixeira. Arte e arquitetura no Brasil holandês: (1624-1654). Recife: CEPE, 2014. 356 p.

PAIVA, Melquíades Pinto. Presença do Cariri. Fortaleza : Cophel Express, 2011. 8 p.

PENHA, Ana Lucia Nunes. Nas águas do canal: política e poder na construção do canal Campos-Macaé: (1835-1875). Rio de Janeiro: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, 2014. 319 p.

REIS, Francisco Sotero dos. Curso de literatura portuguesa e brasileira: fundamentos teóricos e autores brasileiros. Organização Roberto Acízelo de Souza. Rio de Janeiro: Ed. Caetés, 2014. 368 p.

SILVA, Paulo Pitaluga Costa e. Aleixo Garcia: o homem e o mito. Cuiabá: Carlini&Caniato, 2012. 190 p.

TJÄDER, Rogério de Silva. Sua Majestade Imperial D. Thereza Christina Maria de Bourbon e Bragança: “A mãe dos brasileiros”. [S.l.:s.n.], 2014. 278 p.

WEHLING, Arno ; WEHLING, Maria José C. M. Formação do Brasil colonial. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 512 p.

Algumas Pesquisas

ALFANO, Mirelle (Universitária) - UERJ. Assunto: cartões-postais. Finalidade: acadêmica.

ANDRADE, Juliana Costa (Universitária) - UFRJ. Assunto: origem do Estado. Finalidade: pesquisa de iniciação científica sobre a formação do Rio de Janeiro.

BITTENCOURT-SAMPAIO, Sérgio - Academia Nacional de Música. Assunto: música. Finalidade: pesquisa acadêmica.

BORBA, Alex da Silva (Professor/Pesquisador) - UERJ. Assunto: Angra dos Reis. Finalidade: pesquisa para o Museu do Meio Ambiente da Ilha Grande.

BRAGA, Filipe Amâncio (Universitário) – EBA-UFRJ. Assunto: Rio de Janeiro. Finalidade: acadêmica.

CAMPOS, Adriana Pereira (Doutoranda) – Universidade Federal do Espírito Santo. Assunto: Marcellino Pinto Ribeiro Duarte. Finalidade: pesquisa acadêmica.

CARDOSO, Vinicius Miranda (Doutorando) – UFRJ. Assunto: Guerra dos Mascates. Finalidade: tese de doutorado.

CARVALHO, Pedro Henrique Duarte Figueira (Universitário) – UFF. Assunto: maçonaria e Igreja Católica, cartas e instituições pastorais. Finalidade: atuação política dos bispos.

FAVERI, Maria Luiza de (Mestranda) – UFRJ. Assunto: Guerra do Paraguai. Finalidade: mestrado.

FERREIRA, Fernanda Vinagre (Mestranda) – UNIRIO. Assunto: bispos do Rio de Janeiro. Finalidade: mestrado.

NIETO-PHILLIPS, John. (Professor) – Indiana University. Assunto: relações exteriores. Finalidade: livro.

SANTOS, Felipe M. dos (Mestrando) – UFRRJ. Assunto: elite fluminense. Finalidade: tese.

SILVA, Cíntia Raymundo da – Museu Nacional. Assunto: Ilha do Governador. Finalidade: levantamento historiográfico.

SILVA, Michelle Samuel da (Mestranda) – UNIRIO. Assunto: História de Pernambuco. Finalidade: dissertação de mestrado.

SOUZA, João Pacheco de (Mestrando) – Instituto Federal de Santa Catarina. Assunto: pesca. Finalidade: mestrado.

XIMENES, Cláudio (Universitário) – Museu Paraense Emílio Goeldi. Assunto: Rio Capim. Finalidade: trabalho de conclusão de curso.

Escrita da História

A razão mais óbvia por que a percepção da importância dos problemas da mudança social a longo prazo, da sociogênese e desenvolvimento de formações sociais de todos os tipos, se perdeu na maior parte para os sociólogos, e por que entre eles, o conceito de desenvolvimento caiu em descrédito é encontrada na reação de muitos deles – acima de tudo, dos principais teóricos do século XX – a alguns aspectos de teorias notáveis do século XIX. Foi demonstrado que os modelos teóricos de desenvolvimento social de longo prazo elaborados no século XIX por homens como Comte, Spencer, Marx, Hobhouse e muitos outros fundamentaram-se, em parte, em hipóteses condicionadas principalmente pelos ideais políticos e filosóficos desses homens e apenas secundariamente pelas suas relações com os fatos. Gerações posteriores tiveram à disposição uma massa de fatos muito maior e em constante expansão. O reexame das teorias de desenvolvimento clássicas do século XIX à luz das descobertas mais abrangentes de gerações subsequentes fez com que numerosos aspectos dos anteriores modelos de processos parecessem duvidosos ou, pelo menos, necessitados de revisão. Muitos dos artigos de fé sociológicos pioneiros não foram mais aceitos pelos sociólogos do século XX. Eles incluíam, acima de tudo, a crença em que o desenvolvimento da sociedade é necessariamente uma evolução para o melhor, um movimento na direção do progresso. Esta crença foi categoricamente rejeitada por muitos sociólogos posteriores, de acordo com sua própria experiência social. Retrospectivamente, podiam ver com maior clareza que os modelos anteriores de desenvolvimento compreendiam uma mistura de noções relativamente baseadas em fatos e de caráter ideológico.

Norbert Elias, O processo civilizador, Rio de Janeiro, Zahar, 1990, p. 223