Av. Augusto Severo, nº 8 - Glória - 20021-040 - Rio de Janeiro - RJ.
Edição: Victorino Chermont de Miranda - Colaboração: Arno Wehling
Só os nomes dos sócios do IHGB são grafados em negrito
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INSTITUTO INICIA AS ATIVIDADES ACADÊMICAS COM SESSÃO ESPECIAL DA CEPHAS

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O Instituto iniciou as atividades de 2019, na tarde de 27 de março, com uma sessão temática da CEPHAS, em que foram palestrantes o sócio emérito Carlos Wehrs e o convidado Alex Nicolaeff, que discorreram sobre a história de Niterói.

Wehrs tomou por tema de sua comunicação “Pelo bicentenário da criação da Vila Real da Praia Grande”, nome primeiro da antiga capital fluminense, e Alex falou sobre “A formação de Niterói: breves comentários sobre a Capital Fluminense”.

A sessão foi presidida por Arno Wehling e secretariada por Maria de Lourdes Viana Lyra e contou com a presença de convidados e sócios do Instituto.

RENÚNCIA E POSSE NA PRESIDÊNCIA DO IHGB

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Licenciado desde 06 de maio de 2019, por recomendação médica, o presidente Arno Wehling formalizou, em 20 de maio, sua renúncia ao cargo de presidente do Instituto, função que exerceu, com notável brilho, por 23 anos (1996-2019), tempo somente excedido pelo embaixador José Carlos de Macedo Soares, que a ocupou por 29 anos (1939- 1968), o Marquês de Sapucaí, por 28 anos (1847-1875), e o Conde de Afonso Celso, por 26 anos (1912-1938).

O ato de transmissão de posse se deu a 29 de maio, em sessão extraordinária na Sala Pedro Calmon, restrita ao quadro social, funcionários do Instituto e familiares do 1º vice-presidente, Victorino Chermont de Miranda, integrante da Diretoria desde a gestão Vicente Tapajós, primeiramente como tesoureiro e, depois, como 3º, 2º e 1º vice-presidente no período Arno Wehling, e ora empossado no cargo para o restante do mandato da diretoria eleita em 2017.

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Arno, em breves palavras, reportou-se ao motivo de seu afastamento, reiterou sua disposição de continuar a colaborar com o Instituto e desejou sucesso a seu sucessor; Victorino, depois de prestar o compromisso regimental e receber a insígnia presidencial, declarou assumir a função empenhado em continuar a obra de seu antecessor, cujas múltiplas realizações destacou, e convocou sócios, funcionários e os integrantes da Diretoria para um trabalho de equipe no enfrentamento dos desafios da presente conjuntura. E, ao encerrar, anunciou que pretende levar à próxima AGE a indicação do nome de Arno Wehling para presidente honorário.

No mesmo ato, foi empossado na 1ª vice-presidência o sócio Jaime Antunes da Silva, exDiretor do Arquivo Nacional e atual diretor do Arquivo do Instituto, nomeado, nos termos do art. 15º do Regimento Interno, pelo novo presidente.

REPRESENTANDO O INSTITUTO

– Solenidade comemorativa dos 76 anos de fundação da Diretoria de Patrimônio Cultural da Marinha, em 18 de junho – o presidente Victorino Chermont de Miranda.

– Solenidade comemorativa dos 76 anos de fundação do Istituto Italiano di Cultura, Rio de Janeiro, em 19 junho – o presidente Victorino Chermont de Miranda.

ATOS DO PRESIDENTE

– Edital nº 01/19 de 26 de fevereiro – declara aberta a vaga no quadro de sócios honorários brasileiros em decorrência do falecimento do sócio João Paulo dos Reis Velloso.

– Edital nº 02/19 de 10 de maio – convida todos os funcionários a se reunirem no dia 17 de maio às 10:00h, para apreciação de Acordo Coletivo de Trabalho.

– Edital nº 03/19 de 23 de maio – convida os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes Brasileiros a se reunirem em Sessão Extraordinária no dia 29 de maio, às 15h, na Sala Pedro Calmon, para transmissão do cargo de presidente ao 1º vice-presidente, e posse do sucessor deste último, para cumprimento do restante do mandato da Diretoria.

– Portaria nº 01/19 de 29 Maio – Nomeia para o cargo de 1º vice-presidente, o sócio titular, Jaime Antunes da Silva.

NOTÍCIAS DE SÓCIOS

Alberto da Costa e Silva foi destaque, em O Globo, pelo transcurso de seus 88 anos. Dia 12 maio.

Armando Alexandre dos Santos foi agraciado com o Colar Guilherme de Almeida da Câmara Municipal de São Paulo. Dia 28 jun.

Arno Wehling realizou palestra no Forum Personagens da História do Direito, promovido pela EMERJ. Dia 26 jun.

Arnaldo Niskier abordou, em sua coluna em O Globo, o futuro do Sistema S e sua significação para os projetos educacionais de grande porte, assim como os serviços culturais desenvolvidos pelo SESC/SP. Dia 2 fev.

Candido Mendes, no mesmo jornal, deteve-se sobre a crise da esquerda no Brasil e no mundo e o surgimento de novos extremos partidários e ideológicos. Dia 5 mar.

Carlos Eduardo Barata participou de mesa redonda sobre “A intrigante história da fundação da Igreja de N. S. da Candelária do Rio de Janeiro”, promovida pelo Clube de Engenharia e pela ABMS-NRRJ. Dia 25 abr.

Carlos Francisco Moura e Vera Lúcia Cabana foram agraciados com o título de Aluno Eminente do Colégio Pedro II, em solenidade realizada no Salão Nobre do Campus Centro. Dia 21 mar.

Celso Lafer pronunciou a palestra de encerramento do ciclo de conferências “Presenças fundamentais”, na Academia Brasileira de Letras, abordando o tema “Rui Barbosa, 170 anos. Dimensão da atualidade do seu percurso”. Dia 4 abr.

Christian Lynch foi um dos organizadores do livro Pensamento Político Brasileiro lançado pelo IESP.UERJ. Dia 3 maio.

Cláudio Aguiar proferiu a conferência Manuel Bandeira e o grito estapafúrdio por ocasião da abertura da programação cultural da Academia Pernambucana de Letras. Dia 11 mar.

Isabel Lustosa realizou palestra, no Instituto do Ceará, sobre Hipólito da Costa: o jornalista que imaginou o Brasil. Dia 3 abr.

Joaquim Falcão analisou, em sua coluna em O Globo, a incerteza decisória em que presentemente se debate o STF, por ele definida como “constitucionalismo de realidades”. Dia 26 fev.

José Almino de Alencar recordou, em depoimento à revista Continente, de maio, a partir de comunicação apresentada por um dos investigadores destacados pelo governo de Pernambuco, em 1961, para acompanhar o sepultamento da esposa do então prefeito Miguel Arrais, seu pai, o clima que precedeu ao desfecho de 1964.

Marcos de Azambuja participou de mesa-redonda na Casa Firjan sobre a crise na Venezuela. Dia 11 mar.

Marcus Monteiro assumiu a Secretaria Municipal de Cultura de Nova Iguaçu. Dia 1 jan. e a curadoria da exposição “Olhares sobre os Lares: a vida doméstica na “velha” Iguassú – Séculos XVII a XIX”, que estará aberta até 28 de setembro. Dia 25 jun.

Mary del Priore foi entrevistada por Alessandro Giannini, de O Globo, sobre seu novo livro As vidas de José Bonifácio (Estação Brasil), em que que discute o mito em torno do biografado. Dia 23 mar.

Maurício Vicente Ferreira Júnior anunciou a assinatura de convênio do Museu Imperial com a Fundação Casa de Bragança, de Portugal, para a realização, em Lisboa e Petrópolis, em novembro próximo, de exposição comemorativa do bicentenário de D. Maria II. Dia 18 mar.

D. Orani Tempesta celebrou os 50 anos de sua profissão monástica na Ordem Cisterciense em solenidades realizadas, pela manhã, na Catedral do Rio de Janeiro, e, à noite, na Paróquia de São Roque, em S. José do Rio Pardo, SP, sua cidade natal (dia 2 fev), e foi homenageado com lançamento de selo e livro pelos 10 anos de arcebispado no Rio de Janeiro e 5 de cardinalato. Dia 26 abr.

Pedro Geiger analisou, em artigo conjunto com Adair Rocha, em O Globo, as raízes do sentimento judaico no Brasil. Dia 10 fev.

Ricardo Vélez Rodriguez exerceu as funções de Ministro da Educação de 1 jan./9 abr.

Roberto daMatta analisou, em sua coluna em O Globo, como a hegemonia do trabalho escravo, no Brasil, estigmatizou o trabalho como vocação, distinguindo-o do emprego. Dia 27 jun.

Rogério Faria Tavares e Caio Boshi assumiram, respectivamente, as funções de presidente e vice-presidente da Academia Mineira de Letras para o biênio 2019-2021. Dia 16 de mai.

Sergio Paulo Muniz Costa abordou, em sua coluna do Díario do Comércio, de São Paulo, o significado da violação do sigilo das comunicações de altas autoridades constituídas do país. Dia 19 jun.

Tarcísio Padilha lançou, na Livraria da Travessa – Ipanema, os livros Crônicas para um mundo melhor – uma ética do cotidiano e Literatura e livre pensar – grandes nomes. Dia 17 abr.

POSSES DE SÓCIOS

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Três posses realizaram-se no semestre ora encerrado: a 15 de maio, no gabinete da presidência, a do sócio correspondente brasileiro Paulo de Assunção, a 5 de junho, a do correspondente brasileiro Rogério de Vasconcelos Faria Tavares e a 12 de junho a do sócio honorário Christian Edward Cyril Lynch, ambas em sessão solene na Sala Pedro Calmon.

Na primeira, coube à 2ª secretária, Maria de Lourdes Viana Lyra, a imposição da insígnia, tendo o presidente lhe dado as boas vindas, após o que o empossado agradeceu, assinalando sua satisfação e honra em ver-se recebido no IHGB.

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A segunda observou a liturgia própria, havendo o novel confrade sido introduzido pelos sócios Myriam Ribeiro de Oliveira, Antonio Celso Pereira e José Murilo de Carvalho. Saudação a cargo de Angelo Oswaldo de Araújo Santos, imposição da insígnia pela sra. Diana de Vasconcelos Faria Tavares, mãe do empossando, e agradecimento por este, ocasião em que discorreu sobre o tema “A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa na perspectiva da diplomacia brasileira”, havendo o presidente, ao final, cumprimentado a ambos. Dentre os presentes, o almirante José Carlos Mathias, diretor da Diretoria de Patrimônio Cultural da Marinha, o escritor Olavo Romano presidente emérito da Academia Mineira de Letras, e Aluísio Quintão, presidente IHGMG que integraram a mesa diretora.

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A terceira, em idêntico molde, teve como introdutores os consócios Lúcia Bastos, Antônio Celso Alves Pereira e José Murilo de Carvalho. Saudação a cargo de José Almino de Alencar, imposição da insígnia pela sra. Rose Marie Lynch, mãe do empossado e agradecimento por este, o qual discorreu sobre “O Pensamento político brasileiro e o fantasma da condição periférica”. Dentre os presentes o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, ex-presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa e o professor Marcelo Jardim, que integraram a mesa, havendo o presidente encerrado a sessão cumprimentando os oradores.

Ambas as posses foram seguidas de coquetel no terraço do Instituto, oferecido pelos empossados.

ATIVIDADES DE MARÇO

27 15h

Sessão temática – “Pelo bicentenário da Criação da Vila Real da Praia Grande ”, por Carlos Wehrs e “Sobre a formação de Niterói: Breves comentários sobre a capital fluminense”, por Alex Nicolaeff.

ATIVIDADES DE ABRIL

03 15h

Sessão temática – Apresentação e lançamento do livro A História da Moda, por Maria Cristina Volpi, Camila Borges e Maria do Carmo Rainho.

10 15h

Sessão temática – Apresentação e lançamento do livro Cultura e Poder entre o Império e a República: estudos sobre os imaginários brasileiros (1822-1930), por Wilma Peres Costa e Ana Beatriz Demarch Barel.

24 15h

CEPHAS com as comunicações: “Arquivo RGSL História do café e de sua gente”, por Roberto Guião de Souza Lima, e “O Analista: trajetória de um jornal”, por Cybelle Moreira de Ipanema.

ATIVIDADES DE MAIO

08 15h

CEPHAS com as comunicações: “Ser republicano no Brasil Colônia: a história de uma tradição esquecida”, por Heloísa Maria Murgel Starling, e “O retrato fotográfico: do ateliê ao arquivo”, por Cláudia Beatriz Heynemann.

15 15h

CEPHAS com as comunicações: “A imperatriz esquecida: a vida de Amélia de Leuchtenberg”, por Paulo de Assunção, e “Sesquicentenário de falecimento do Barão de Nova Friburgo”, por Fernando Tasso Fragoso Pires.

22 15h

CEPHAS com as comunicações: “A Trajetória do Médico-Botânico Joaquim Monteiro Caminhoá no Império do Brasil (1858-1896)”, por Alex Varela, e “Chiquinha Gonzaga não estava só: mulheres compositoras no Rio de Janeiro Oitocentista”, por Avelino Romero.

ATIVIDADES DE JUNHO

05 17h

Sessão solene de posse do sócio correspondente brasileiro Rogério de Vasconcelos Faria Tavares que foi recebido pelo sócio correspondente brasileiro Angelo Oswaldo de Araújo Santos .

12 17h

Sessão solene de posse do sócio honorário brasileiro Christian Edward Cyril Lynch que foi recebido pelo sócio titular José Almino de Alencar e Silva Neto.

ATIVIDADES DE JULHO

03 15h

Sessão em homenagem ao Centenário de nascimento da Sócia benemérita Isa Adonias, por Maria Dulce de Farias e Iris Kantor.

10 15h

CEPHAS com as comunicação: “Tem Mangueira no Museu: notas sobre uma curadoria”, por Renata Santos, “A Mangueira e a reinvenção do carnaval”, por Moacyr Barreto, “O Museu e o avesso da história”, por Paulo Knauss e “A industrialiazação no Brasil: A saga de uma nação”, por Vivaldo Barbosa.

SÓCIOS FALECIDOS

O Instituto registrou, com pesar, o falecimento de quatro de seus membros: Joaquim Antero Romero de Magalhães, a 24 dezembro do ano findo, em Lisboa, João Paulo dos Reis Veloso, a 19 de fevereiro p.p., no Rio de Janeiro, Luís Alberto Cibils, a 1 de março, em Porto Alegre, e Antônio Manuel Botelho Hespanha, a 1 de julho em Lisboa.

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Romero Magalhães nasceu a 18.04.1942 em Portugal. Licenciado em História pela Universidade de Coimbra e Doutor em História Econômica pela Faculdade de Economia da mesma Universidade, de onde veio a ser catedrático, diretor do Conselho Diretivo e membro da Assembleia Geral e do Senado da referida Universidade. Nela foi também coordenador dos Programas Erasmus, Tempus e Alfa e do Programa Sócrates, por designação da Comissão Europeia. Deixou extensa produção bibliográfica em livros, artigos e conferências, destacando-se, dentre os primeiros, Para o estudo do Algarve econômico: 1600-1773 (1986), O poder concelho: das origens às Cortes Constituintes - Notas de história social (em coautoria com Maria Helena da Cruz Coelho, 1986) e o capítulo “O reconhecimento do Brasil”, in História da expansão portuguesa, de Chauduri e Bethencourt (v.1, 1998). Era membro da Academia Portuguesa da História. Ingressou no Instituto em 4.07.2001, como sócio correspondente português.

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Reis Veloso nasceu em Parnaíba, PI, a 12.07.1931. Era Bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ (1960), pós-graduado em Economia pela Universidade de Yale (1962-64) e doutor honoris causa pela UFPI. Lecionou, por vários anos, na Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV e foi coordenador da elaboração do PED – Programa Estratégico de Desenvolvimento dos I e II PNDs, criador e presidente do IPEA, criador da FINEP e do SEBRAE, assessor do Ministro da Fazenda secretário geral do Ministério do Planejamento e ministro do Planejamento de 1969 a 1979. Fundou e presidiu o Fórum Nacional, do Instituto Nacional de Altos Estudos – INAE, presidiu o Conselho Diretor do IBMEC e integrou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República – CDES. Publicou, dentre outros, Brasil – A Solução Positiva (1978), Hiperinflação – Crescimento e Reformas, (1990), Inovação e Sociedade: uma estratégia de Desenvolvimento com equidade para o Brasil (1994) Tempos Modernos: João Paulo dos Reis Velloso, memórias do desenvolvimento (2004) e Brasil: O País das Oportunidades (2014). Ingressou no IHGB como sócio honorário em 30.09.2015.

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Cibils nasceu em Tapes, RS, a 4.07.1919. Bacharelou-se em Ciências Econômicas e Direito e lecionou Sociologia, na Faculdade de Filosofia de Porto Alegre, tendo sido um dos fundadores de seu Curso de Jornalismo. Foi também professor das Faculdades de Ciências Políticas e Econômicas e de Direito da PUC-RS e procurador do Estado. Era membro do IHGRS, de que foi vários vezes presidente, dos institutos de SC, DF, RJ, SP, Pelotas e Sorocaba, da Sociedade Chilena de História e Geografia, do Colégio Brasileiro de Genealogia e da Academia Riograndense de Letras. Publicou o livro Tapes, Camaquã, Guaíba e Barra do Ribeiro – Contribuição para o Estudo do Rio Grande (1957) e Notas familiares (1988), além de artigos no campo da história e economia. Ingressou no IHGB como correspondente brasileiro em 10.07.2001.

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Hespanha nasceu a 23.02.1945 em Portugal. Era doutor em História Político-Institucional Moderna, pela Universidade Nacional de Lisboa, além de licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi diretor geral do Ensino Superior de Portugal e professor de diversas universidades e centros de pesquisa de Portugal e do exterior, inclusive do Brasil, onde teve importante atividade docente, em especial na Universidade Federal do Paraná, uma das várias que lhe atribuíram o título de doutor Honoris Causa. Publicou, dentre outros, Lei, justiça litigiosidade: História e prospectiva (1993), La gracia del derecho (1993) e Manual de história das instituições (Portugal, época moderna), “tendo realizado, como assinalou Arno Wehling em nota de pesar, notável obra de investigador no campo da história do direito. Os estudos que publicou renovaram substancialmente o conhecimento sobre o papel do direito no Antigo Regime. Mais recentemente trabalhou sobre o período constitucional português, com diversas contribuições igualmente inovadoras”. Ingressou no IHGB em 19.11.2003 como sócio correspondente português e fez parte do Núcleo de História do Direito e das Instituições do IHGB.

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LIVROS RECEBIDOS

BAREL, Ana Beatriz Demarchi; COSTA, Wilma Peres (Org.). Cultura e poder entre o Império e a República: estudos sobre os imaginários brasileiros: (1822-1930). São Paulo: Alameda, 2018. 324 p.

BITTENCOURT SAMPAIO, Sérgio. Reflexões musicais. Rio de Janeiro: Mauad , 2018. 240 p.

BRAGANÇA, Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e. O mistério do livro perdido: aventuras de uma família paulista do Império à República. Rio de Janeiro: Viajante do Tempo, 2018. 176 p.

BUENO, Alexei. João Tarcísio Bueno: o herói de Abetaia. Rio de Janeiro: G. Ermakoff, 2010. 142 p.

CARVALHO, José Murilo de. Jovita Alves Feitosa: voluntária da pátria, voluntária da morte. São Paulo: Chão Ed., 2019. 152 p.

CEZAR, Paulo Bastos. A Casa da Gávea Pequena na memória da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2006. 128 p.

COSTA, Maria de Fátima; DIENER, Pablo (Org.). Spix e Martius: relatórios ao Rei. Rio de Janeiro: Capivara, 2018. 352 p.

CUBAS, Caroline Jacques. Do hábito à resistência: freiras em tempo da ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 223 p.

DANTAS, Mariana A. Dimensões da participação política indígena: Estado nacional e revoltas em Pernambuco e Alagoas, 1817-1848. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 259 p.

DESEMBARGADORES da Justiça no Rio de Janeiro: colônia e império. Rio de Janeiro: TJERJ, 2019. 178 p.

DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fátima. Martius. Rio de Janeiro: Capivara, 2018. 376 p.

FERNANDES, Flávio Sátiro. Ernani Sátyro amigo velho: uma biografia. João Pessoa: F. Sátiro Fernandes, 2018. 789 p.

FRANCO, José Eduardo; ASSUNÇÃO, Paulo de. As metamorfoses de um polvo: religião e política nos regimentos da inquisição portuguesa: (séc. XVI-XIX). Lisboa: Prefácio, 2004. 530 p.

GARRETO, Gairo. Garrett : traficante de escravos : a história esquecida da família Garrett na Amazônia. Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2018. 146 p.

GESTEIRA, Heloisa Meireles; CAROLINO, Luís Miguel; MARINHO, Pedro (Org.). Formas do Império: ciência, tecnologia e política em Portugal e no Brasil, séculos XVI ao XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014. 574 p.

GOMES, Flávio dos Santos. Mocambos e quilombos: uma história do campesinato no Brasil. São Paulo: Claro Enigma, 2015. 235 p.

KNACK, Diego. Ditadura e corrupção: a Comissão Geral de Investigações e o confisco de bens de acusados de enriquecimento ilícito no Brasil: (1968-1978). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 186 p.

LIMA, Candido Pinheiro Koren de. Barbosas: de Ruy Capão em Portugal e nordeste do Brasil. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2017. 2 v.

LIMA, Candido Pinheiro Koren de. Bezerras e outros. Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2018. 376 p.

LOUREIRO, Antonio José Souto. O toque do sophar: a sinarquia. Manaus:[s.n.], 2017. v. 4.

MACHADO, Mônica Sampaio; BARBOSA, Jorge Luiz (Org.). Entre Brasil e Portugal: aproximações geográficas. Rio de Janeiro: 7Letras, 2018. 117 p.

MALHANO, Clara Emília Sanches Monteiro de Barros; MALHANO, Hamilton Botelho. Desenhadores e azulejeiros: ensino e aprendizagem, arquitetura e história. Rio de Janeiro: Sinergia, 2018. 470 p.

MATTOS, Florisvaldo. A comunicação social da Revolução dos Alfaiates. Salvador: Alba, 2018. 206 p.

MELLO, Luiz de. Variedades históricas maranhenses. São Luís: Ponto a Ponto, 2019. 190 p.

MOURA, Carlos Francisco. O Rio de Janeiro nas notícias da Gazeta de Lisboa: 1715-1750. Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de Leitura, 2016. v. 1.

NORONHA, Carlos. Os Mavigniers: da França ao Brasil. 2. ed. Natal: Offset, 2018. 200 p.

PASCOAL, Ednéa de Marco. Bartolomeu Antunes de Gusmão: Angra dos Reis, século XVII. Angra dos Reis: E. de M. Pascoal, 2016. 143 p.

PEREIRA, Durval Lourenço. Operação Brasil: o ataque alemão que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Contexto, 2015. 333 p.

PESSOA, Thiago Campos. O império da escravidão: o complexo Breves no vale do café: (Rio de Janeiro, c.1850-c.1888). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 260 p.

REBOUÇAS, Daniel; OBERLAENDER, Fernando; FARIAS, Juliana Barreto. A cidade da Bahia e a eletricidade: uma abordagem política, econômica, humana e cultural, do séc. XIX ao XXI. Salvador: Caramurú, 2018. 540 p.

REIS, Sara Regina Poyares dos; CASTIGLIONE, Francisco Javier. O brigadeiro José Custódio Sá e Faria: de Portugal à América Meridional: uma trajetória. Florianópolis: Officio, 2018. 430 p.

SANTOS, Beatriz Boclin Marques dos et al. Pedro II: 180 anos de história na educação. Rio de Janeiro: Colégio Pedro II, 2018. 427 p.

SANTOS, Márcio Roberto Alves dos. Rios e fronteiras: conquista e ocupação do sertão baiano. São Paulo: Edusp, 2017. 429 p.

SANTOS, Roberval. Carta aberta: o movimento sindical nos Correios de Alagoas: (1985- 1997). Maceió: R. Santos Silva, 2008. 118 p.

SANTOS, Roberval. Filhos do sol: carteiros e organização de classe nos Correios brasileiros: (1934-2002). Maceió: R. Santos Silva, 2018. 328 p.

SANTOS, Roberval; LIRA, Jaillton de Souza. Folhas de jornal: presença militar e imprensa sindical nos Correios de Alagoas. Maceió: Edufal, 2015. 248 p.

SILVA, Camila Borges da. Ordens honoríficas e a Independência do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 226 p.

SOARES, Edmundo de Macedo et al. Conversas sobre o Saco de São Francisco. Rio de Janeiro: In-Folio, 2014. 120 p.

VASCONCELLOS, Francisco de. De um outro Rio de Janeiro. Petrópolis: F. de Vasconcellos, 2013. 217 p.

VASCONCELLOS, Francisco de. Rompendo inércias: sagas da iniciativa privada brasileira. Petrópolis: F. de Vasconcellos, 2014. 172 p.

VASCONCELOS, Cláudio Beserra de. Repressão a militares na ditadura pós-64. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2018. 260 p.

VIDIGAL, Armando. Almirante Nelson: o homem que derrotou Napoleão. Prefacio Armando de Senna Bittencourt. São Paulo: Contexto, 2011. 277 p.

WANZELLER, Patrícia Regina Corrêa. Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional: o templo carioca de Palas Atenas. Rio de Janeiro: [s.n.], 2009. 350 p.

ALGUMAS PESQUISAS

ALBUQUERQUE, Enderson Alves (Doutorando) – UERJ. Assunto: saneamento da Baixada Fluminense. Finalidade: pesquisa de doutorado.

ALMEIDA, Maria Ariádina Cidade (Doutoranda) – UFF. Assunto: Acre. Finalidade: tese de doutorado: Os povos indígenas na formação do Acre.

ARAUJO, Rafael Martins de (Universitário) – UFRJ. Assunto: escravidão no Brasil. Finalidade: trabalho de conclusão de curso.

BARBOZA, Natasha de Souza (Mestranda) – UERJ. Assunto: Paquetá. Finalidade: pesquisa de mestrado.

BONATTO, Letícia (Pós-graduanda) – UFRJ. Assunto: divisão territorial. Finalidade: pós- graduação.

BULCÃO, Clovis. Assunto: Henrique Lage. Finalidade: livro.

CARMO, Ione (Doutoranda) – UNIRIO. Assunto: Cabo Frio. Finalidade: tese de doutorado.

CARVALHO, André (Universitário) – Universidade Federal de Santa Catarina. Assunto: ferrovias. Finalidade: acadêmica.

CARVALHO, Leonardo de Souza (Universitário) – Centro Universitário Celso Lisboa. Assunto: medicina popular. Finalidade: trabalho de conclusão de curso.

CARVALHO, Sávio Vaz de (Universitário) – UFF. Assunto: centenário da Independência do Brasil. Finalidade: monografia de conclusão de curso.

CELESTINO, Guilherme (Doutorando) – King’s College, Londres. Assunto: periódicos de Silva Lisboa. Finalidade: doutorado.

CUNHA, Lais Carneiro da (Universitária) – Universidade Estácio de Sá. Assunto: crime e criminosos no Rio de Janeiro. Finalidade: pesquisa acadêmica para elaboração de filme documentário.

DANTAS, Mario Alexandre (Doutorando) – UFRJ. Assunto: periódicos brasileiros. Finalidade: doutorado.

FAN FAN (Doutoranda) – New York University. Assunto: chá. Finalidade: doutorado.

FASOLATO, Valéria Pires (Doutoranda) – Universidade Federal de Juiz de Fora. Assunto: Mariano Procópio Ferreira Lage. Finalidade: doutorado.

GUEDES, Sandra (Mestranda) – Universidade Veiga de Almeida. Assunto: infância. Finalidade: mestrado.

MESSIAS, Maria Cláudia Novaes (Doutoranda) – UERJ. Assunto: Inquisição no Brasil. Finalidade: doutorado.

MINERVINI, Fabio Melo (Mestrando) – CPDOC-FGV. Assunto: suíços em Nova Friburgo. Finalidade: mestrado.

MORAIS, Cleidiane (Doutoranda) – Universidade Federal do Ceará. Assunto: catálogo de biblioteca. Finalidade: tese de doutorado.

NUNES, Ney de Souza. Assunto: rodoviarismo. Finalidade: livro.

NUNES, Sergio (Professor) – UFF. Assunto: história do crédito. Finalidade: artigo científico.

OLIVEIRA, Camila F. P. de (Doutoranda) – Universidad Nacional de Rosário, Argentina. Assunto: educação. Finalidade: tese de doutorado.

OLIVEIRA, Raphael Braga de (Mestrando) – UFF. Assunto: Eduardo De Martino. Finalidade: pesquisa de mestrado.

REIS, Jocemir Moura dos (Mestrando) – UERJ. Assunto: jornal, revista. Finalidade; pesquisa de mestrado.

ROSA, Érica da Cruz (Mestranda) – Universidade Federal de Juiz de Fora. Assunto: eleições, Minas Gerais, século XIX. Finalidade: mestrado.

SANTOS, Luis Henrique Souza dos (Mestrando) – UFRJ. Assunto: construção dos engenhos na Bahia, séc. XVIII. Finalidade: pesquisa de mestrado.

SANTOS, Victor da Costa (Mestrando) – FIOCRUZ. Assunto: imigração. Finalidade: mestrado.

SCHNOOR, Eduardo. (Pesquisador/Professor) – USP-SP. Assunto: Rio de Janeiro. Finalidade: projeto de pesquisa.

SCHROEDER, Vera (Pesquisadora). Assunto: Blumenau. Finalidade: evento no Instituto Histórico de Blumenau.

SILVA, Denise Moraes Gouveia da (Doutoranda) – UNIRIO. Assunto: Bahia, século XIX. Finalidade: doutorado.

SILVA, Filipe Oliveira (Doutorando) – UFRJ. Assunto: governo Café Filho. Finalidade: tese de doutorado.

SILVA, Luciana Lucia (Mestranda) – UFRJ. Assunto: Portugal – África. Finalidade: pesquisa de mestrado.

SILVA, Sirlene Alves da (Universitária) – UERJ. Assunto: João Clapp. Finalidade: acadêmica.

SOARES, Leonardo Guedes (Pós-graduando) – UERJ. Assunto: Marquês de Pombal. Finalidade: fontes de pesquisa de pós-graduação.

SOARES, Pedro de Almeida Freitas (Mestrando) – Universidade Federal de Juiz de Fora. Assunto: família Monteiro de Barros. Finalidade: mestrado.

SOUZA, Frederico Ribeiro de (Universitário) – PUC-Goiás. Assunto: Baia de Guanabara. Finalidade: monografia de conclusão de curso.

WILLE, Gerson (Pós-graduando) – Universidade Federal de Santa Catarina. Assunto: Campanha do Contestado. Finalidade: pesquisa de pós-graduação.

XAVIER, Jonathan André de Silva ( Mestrando) – UFRRJ. Assunto: administração pública. Finalidade: mestrado.

ZAMUTTI, Mirian (Mestranda) – Universidade Salgado de Oliveira. Assunto: história da polícia no Rio de Janeiro. Finalidade: mestrado.

CLÁSSICOS DA HISTÓRIA

Constitui uma forma de degeneração ou presunção filosófico-burocrática a intervenção do Estado no setor da moralidade, isto é: quando o Estado quiser instituir diretamente os cânones morais que, na realidade, são da alçada exclusiva da sociedade. Sem dúvida, o Estado representa o “estandarte do Direito e do Bem”, que deve ser içado em qualquer parte, mas aqui se delimitam as suas funções, que êle não deve tentar transcender. A “ concretização da moralização sôbre a terra ’’ a ser efetuada pelo Estado está fadada a fracassar mil vêzes, esboroando de encontro à imperfeição inata à natureza humana em si e até mesmo aos melhores integrantes do gênero humano. A ética dispõe de um campo substancialmente diferente daquele do Estado, já significa muitíssimo que êste mantenha o respeito pelo direito convencional. O Estado manter-se-á sadio mais fàcilmente sempre que se recordar de sua natureza, mantendo-se consciente dela, da sua origem em si talvez, que é a de ser um mero corretivo ou uma instituição criada por uma necessidade imperiosa.

O efeito benfazejo do Estado resume-se no fato de êle constituir o repositório do Direito, o baluarte da justiça. Os indivíduos dispõem de leis e de magistrados, aos quais se cutorgou a capacidade de impor êsse direito por meios compulsórios, protegendo assim tantos os compromissos particulares assumidos entre os indivíduos como as necessidades da coletividade: muito menos por meio da fôrça utilizada realmente do que pelo temor sadio de sua aplicação.

Jacob Burckhardt, Reflexões sobre a história,
Rio de Janeiro, Zahar, 1961, p. 43-44