Nasceu na cidade do Salvador, BA, em 4 de fevereiro de 1793, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de dezembro de 1964. Filho de José da Silva Lisboa, visconde de Cairu, e Ana Benedita de Figueiredo Lisboa.

Estudou as primeiras letras na terra natal. Aos 15 anos, veio, com a família, para o Rio de Janeiro, onde a Corte se estabeleceu. Logo no ano seguinte, o conde de Linhares nomeou-o oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra e Estrangeiros. Em 1821, foi designado secretário da Legação em Berlim, lugar adequado para quem, como ele, falava corrente e corretamente a língua alemã. Não assumiu, entretanto, o posto: a revolução portuguesa, que levou à convocação das Cortes Constitucionais, acabou com todos os lugares de embaixadores, enviados extraordinários e outros diplomatas residentes, substituindo-os por encarregados de negócios políticos e comerciais. Prosseguiu, porém, na carreira de funcionário público, atingindo, muito cedo, o lugar mais alto da hierarquia: o de oficial-maior da Secretaria dos Negócios Estrangeiros.

Em 1832, ocupou a pasta dos Estrangeiros no Ministério, cuja figura dominante foi Aureliano Coutinho. Em 1838, foi convidado para ser um dos fundadores do IHGB, do qual chegou a ser segundo vice-presidente. Em 1840, foi, finalmente, à Europa em missão diplomática, aparentemente fácil, mas que chegou a deixá-lo quase desanimado: tratar do casamento de D. Pedro II com uma princesa europeia. Estava já sem esperanças quando surgiu a possibilidade de nosso Imperador casar-se com a princesa Teresa Cristina Maria, irmã do Rei das Duas Sicílias.

Em 1846, voltou ao ministério dos Estrangeiros, seu último cargo de relevo.

Faleceu, sem fortuna, mas com o respeito da nação.

Autor de necrológios publicados na R. IHGB.