Nasceu em Porto Alegre, RS, em 15 de fevereiro de 1801, e faleceu em 26 de maio de 1865 a bordo do Pelouse, na costa da Bahia, província em que foi sepultado. Filho de Francisco Batista dos Anjos e de d. Francisca Cândida de Oliveira. Cursou, no Rio de Janeiro, o Seminário São José e, em Coimbra, estudou Matemática e Filosofia, com invulgar proveito, logo reconhecido. Recebeu o grau de bacharel em 1824 e seguiu para a França, onde cursou a Escola Politécnica. Nesse país travou relações com o físico e astrônomo Domingos Francisco Arago. Em 1827, regressando ao Brasil, viu-se nomeado professor substituto da Academia Militar e, em seguida, catedrático de Mecânica da mesma instituição, jubilando-se 20 anos mais tarde. De 1831 a 1834, e de 1837 a 1838 foi inspetor do Tesouro Nacional. Entre 1834 e 1837 esteve como diplomata em Turim. Foi também deputado pelo Rio Grande do Sul, e eleito senador pelo Ceará, cargo que ocupou a partir de 1849. Mais uma vez tornou à diplomacia, atuando em São Petersburgo e Viena. Em 1838 foi ministro da Fazenda e, interinamente, dos Negócios Estrangeiros, e, em 1848, ministro da Marinha. E mais ocupou os cargos de diretor do Banco do Brasil e do Jardim Botânico. Era Conselheiro de Estado e do Conselho do Imperador, veador da Casa imperial; comendador da Ordem da Rosa e da de Cristo, além de outras distinções estrangeiras. No IHGB ingressou em 16 de janeiro de 1839, como sócio efetivo. Sua obra imprensa foi, também extensa: – A escravatura no Brasil e a época provável de sua extinção (1842). – Sistema financial do Brasil (1842). – A questão de ouro (1842). – Reconhecimento topográfico da fronteira do Império do Brasil na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (...) (1850). – Sistema métrico decimal (tabelas de conversão) (1865). – Memória sobre as condições geológicas do porto do Rio de Janeiro. – Ensaio histórico do marquês de Paranaguá (1847), além de – Livros didáticos, relatórios e um romance.