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Nasceu em Lisboa, em 28 de outubro de 1788, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de março de 1862. Filho do coronel de engenheiros Conrado Henrique de Niemeyer e Firmina Angélica de Niemeyer.
Em 1803, assentou praça como cadete do regimento de artilharia da Corte e, logo depois, matriculou-se no Colégio Militar, concluindo o curso em 1808 como primeiro aluno de colégio.
Quando da invasão francesa, passou com dois cadetes, um cabo e oito soldados para a esquadra inglesa que bloqueava o porto. Levado a Portsmouth, ficou, por ordem do ministro plenipotenciário português, guarnecendo o brigue “Destemido”, até que partiu para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em julho de 1809. Foi desde logo adido ao regimento de artilharia da Corte, e a 9 de agosto promovido a segundo-tenente. Em 1815, terminado o curso, de matemáticas, foi promovido a tenente de engenheiros.
Participou do combate às revoluções pernambucanas de 1817 e 1824.
No intervalo entre os dois movimentos, levantou a planta de Recife e Olinda, estabeleceu a linha telegráfica entre o Recife e o sul da Província e colaborou no reconhecimento e traçado do plano de defesa das principais cidades de Pernambuco, assim como da costa sul da província até o rio S. Francisco. Construiu pontes, estradas e açudes. Após a derrota da Confederação do Equador, recebeu de Francisco de Lima e Silva a condecorações pelos serviços militares prestados.
Depois de jurada a Constituição, foi nomeado comandante das Armas do Ceará. Contra ele, levantou-se a oposição. Foi absolvido e até elogiado pelo Conselho de Guerra.
Seu valor profissional o indicou no para examinar o estado das fortificações do Rio de Janeiro, em 1829.
Tendo se mostrado favorável ao absolutismo, quando D. Pedro I abdicou, foi perseguido pelos liberais. Torna-se, então, favorável à restauração, e conspira contra a regência. Foi novamente processado, e, embora de novo absolvido, pediu, em 1833, reforma no posto de coronel.
Três anos depois, reiniciou a vida profissional na seção de Obras Públicas da Província do Rio de Janeiro, chegando à presidência da Diretoria. Inspeciona o canal da Pavuna e, com o general Bellegarde, faz estudos para o desmonte do morro do Castelo, ao tempo em que contrata e dirige a construção de mais de dez léguas da estradas entre os rios Iguaçu e Paraíba.
Desde muito jovem mostrara gosto pelos estudos. Dedica-se, então, à vida intelectual, tornando-se um dos fundadores do IHGB.
Em 1841, voltou a Pernambuco, a fim de, com Pedro de Alcântara Bellegarde, apresentar o projeto de abastecimento de água do Recife. Em 1846, renovou as pontes e o aterrado da Fazenda Imperial de Santa Cruz. É desse mesmo ano o oferecimento ao IHGB da Carta Geral do Império, premiada com medalha de ouro, recebida das mãos de D. Pedro I.
Em 1856, foi nomeado oficial da Repartição Geral das Terras Públicas e encarregado da confecção da Carta Corográfica do Império e, depois, da do Rio de Janeiro.