Nasceu em São Leopoldo, RS, em 28 de outubro de 1906, e faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1988. Filho de Marcos Moog, funcionário federal, e de Maria da Glória Vianna Moog, professora pública.

Aprendeu as primeiras letras na escola que sua mãe dirigia na cidade natal e mais tarde no Colégio Elementar Visconde de S. Leopoldo. Por morte da mãe, frequentou como interno durante dois anos o Colégio São José, de Campos, dirigido por irmãos Massalistas. Frequentou também em 1917 o Colégio S. Jacó, em Hamburgo Velho, dirigido por Irmãos Maristas.

Em 1918 ingressou no Ginásio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, onde concluiu os preparatórios. Pretendendo ingressar na carreira militar, em 1924 veio ao RJ prestar vestibulares na Escola do Realengo. Como não fossem realizados vestibulares nesse ano, voltou para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio. Em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito de Porto Alegre, tendo sido nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão do Contrabando na Fronteira e designado para servir na Delegacia Fiscal de Porto Alegre. Em 1926, já acadêmico de Direito, fez concurso para agente fiscal do Imposto de Consumo. Classificado em 2º lugar, foi nomeado para o interior do RS, tendo servido dois anos na cidade de Santa Cruz e um na do Rio Grande. Colou grau em 1930, com a turma do ano anterior, que o escolheu para orador. No mesmo ano participou da campanha política da Aliança Liberal e na Revolução de Outubro. As suas primeiras atividades jornalísticas só começam após a vitória da Revolução. Transferido para a capital do Estado, entra a combater o “tenentismo” pelas colunas do Jornal da Noite. Em 1932, como partícipe da Revolução Constitucionalista, foi preso e removido para Manaus, depois para Teresina e, de novo, para o Amazonas, mas desta vez para o interior, onde permaneceu até que a anistia, concedida pelo Congresso, em 1934, o restituísse ao interior de seu Estado.

Foi nesse período que começou realmente a sua atividade literária. No Amazonas, escreveu dois livros – Heróis da Decadência, RJ, Guanabara, 1934, reflexões sobre o humor, com biografias de Petrônio, Cervantes e Machado de Assis, e o Ciclo do Ouro Negro, P. Alegre, Globo, 1936, ensaio de interpretação das realidades amazônicas. Voltando a Porto Alegre, depois do estágio de um ano no município de Venâncio Aires, foi convidado para dirigir o vespertino Folha da Tarde, do qual foi o primeiro diretor. Com o advento do Estado Novo, dedicou-se mais intensamente à atividade literária, lançando vários livros premiados. Colaborou em La Prensa, de Buenos Aires, e representou seu Estado na inauguração do auditório da Gazeta de São Paulo, jornal em que colaborava. Em 1942, foi nomeado membro do segundo Conselho de Contribuintes, do qual se afastou em virtude de transferência para o quadro de agentes fiscais da Capital da República. No mesmo ano, a convite da Guggenheim Foundation, embarcou para os Estados Unidos, onde permaneceu oito meses, escrevendo artigos para o New York Herald e revistas americanas.

De 1946 a 1950, serviu na Delegacia do Tesouro Brasileiro em New York, onde começou a escrever uma biografia de Lincoln e outra do Aleijadinho. Em 1950, foi nomeado representante do Brasil junto à Comissão de Questões Sociais da ONU. Em 1952, foi eleito pelo Conselho Interamericano Cultural para representar o Brasil na Comissão de Ação Cultural da OEA, com sede no México. Em 1956, participou, como presidente da Comissão de Ação Cultural, da Segunda Reunião do Conselho Interamericano Cultural. Em 1959, chefiou a Delegação do Brasil à Terceira Reunião, em Porto Rico.

Novamente nomeado para a Comissão Social da ONU em 1961, foi eleito presidente para a XIII Sessão. Em 1963, elegeu-o a Comissão para integrar o Conselho Supervisor do Instituto Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento Social, com sede em Genebra.

Ocupou a cadeira nº 4 da ABL. Foi eleito sócio honorário do IHGB em 15 de dezembro de 1975, passando a efetivo em 16 de dezembro de 1981.

Alem dos livros acima referidos, publicou: Novas Cartas Persas. P. Alegre: Globo, 1937. – Eça de Queirós e o Século XIX. P.A: Globo, 1938. – Um Rio Imita o Remo. P.A: Globo, 1939. – Uma Interpretação da Literatura Brasileira. C.E.B., 1942. – Nós os Publicanos. P.A.: Globo, 1946. – Mensagem de uma Geração. P.A.: Globo, 1946. – Bandeirantes e Pioneiros. Paralelo entre duas culturas. RJ: Civ. Bras., 1964, 7ª ed. – Uma Jangada para Ulisses. P.A., Globo, 1959. – Toia (romance). RJ: Civ. Bras., 1962. – A ONU e os Grandes Problemas Sociais de Nosso Tempo. RJ: Civ. Bras., 1965.

Vários de seus livros tiveram edições em espanhol, francês e inglês.