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Nasceu em 12 de março de 1807, em Santo Amaro, BA, e faleceu em 10 de setembro de 1872, em Salvador, BA. Filho do fazendeiro Raimundo Gonçalves Martins e de Maria Joaquina do Amor Divino.
Fez seus primeiros estudos no Seminário de Sarnache, em Portugal, matriculando-se, depois, na universidade de Coimbra, onde se bacharelou em leis. Partidário de D. Maria II, alistou-se no batalhão acadêmico e tomou parte nas batalhas do Vouga e de Mouroços, refugiando-se posteriormente na Espanha.
De volta à sua província natal, dedicou-se à advocacia e ao jornalismo (1830-33), atividades estas que abandonou, em 1833, para ingressar na magistratura. Foi juiz de Direito e chefe de polícia. Em 1857 foi nomeado desembargador do Tribunal da Relação da Bahia, cuja presidência exerceu no biênio 1853-54. Aposentou-se em 8/6/1861, com honras de ministro do Supremo Tribunal de Justiça.
Foi deputado provincial pela Bahia (1835-43) e presidente da Assembleia Legislativa (1839); deputado-geral às 3ª e 8ª legislaturas (1834-51), presidente da mesma província (1848-52 e 1868-71), ministro do Império no 11º gabinete (1852-53) e senador (a partir de 1851). Braz do Amaral, em sua História da Bahia do Império à República, apontou-o como o melhor presidente daquela província.
Grande do Império, do Conselho do Imperador, comendador da Ordem de Cristo.
Em 14/3/1860 foi feito barão com grandeza de São Lourenço, havendo sido elevado a visconde, com iguais honras, em 15/11/1871.
Ingressou no IHGB em 23 de janeiro de 1845 como sócio correspondente e foi presidente do Imperial Instituto Bahiano de Agricultura e sócio honorário da Associação Comercial da Bahia.
Publicou: “Breve e simples exposição dos acontecimentos” do dia 7 de novembro de 1837 em resposta ao comunicado inserido no nº 41 do periódico Constitucional Cachoeirano” (p. 38). – “Suplemento à minha exposição dos acontecimentos do dia 7 de novembro em resposta às anotações e comentários a uma exposição por um anônimo, e a outras acusações” (1838). “Vantagens da escola de agricultura e necessidade da reforma agrícola” (1864). – “Ensino primário” (extraído do relatório apresentado no dia 1º de março de 1871 à Assembleia Legislativa da Bahia), além de falas, relatórios e discursos.
