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Nasceu no Recife, PE, em 3 de fevereiro de 1802, e faleceu em 4 de outubro de 1870. Filho do coronel de milícias Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula.
Assentou praça em 1817 no 2° batalhão da divisão dos voluntários de El-Rei, no Recife, sendo, ainda no mesmo ano, reconhecido cadete, por ter sido julgada conforme a justificação que fizera para tal fim.
Já promovido a alferes (1820), incorreu nas iras do governador Luiz do Rego, tendo sido deportado para Lisboa e recolhido preso à fortaleza de São João da Barra. Libertado, matriculou-se na Universidade de Coimbra, de onde se transferiu para a França, bacharelando-se em Ciências Matemáticas na Universidade de Paris.
Retornando a Pernambuco, já independente o Brasil, ingressou no corpo de engenheiros do Exército, onde seguiu carreira até o posto de coronel do Corpo de Estado Maior de primeira classe, reformando-se como brigadeiro em 11/8/1856. Em 1860 foi nomeado comandante superior da Guarda Nacional do Recife e, cinco anos após, quando em comissão no Sul, exerceu o comando das Armas da província riograndense.
Foi também deputado, por sua terra natal, à Assembleia Geral Legislativa, na 2° a 4° legislaturas (1830-41), suplente na 5° (1844) e novamente deputado na 8° (1850); presidente, por duas vezes, de Pernambuco (1837-41) e (1841-44) e uma vez, no Rio Grande do Sul (1865-67) e senador do Império (a partir de 1850).
Pereira da Costa, no seu Dicionário Biográfico de Pernambucanos Célebres não lhe poupa elogios à obra administrador. Julgamento, por sinal, partilhado pelo corpo comercial daquela província, que chegou a ponto de mandar levantar, para sua residência, um palacete à rua da Aurora (hoje sede do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano). Wanderley Pinho, por outro lado, fixou-lhe o papel de “gentleman Viajador”. Destacando, em seu livro clássico, a profunda influência que exerceu na vida social do Recife de então.
Grande do Império, fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, veador da Imperatriz, a dignitária da Ordem do Cruzeiro e cavaleiro da de Cristo, de Portugal. D. Pedro II agraciou-o, primeiramente, com o Título de barão da Boa Vista (18/7/1841). Em 2/12/1858 foi elevado a visconde e, finalmente, a conde, por decreto de 28/8/1866.
Foi também membro honorário da Imperial Academia das Belas-Artes (1855).
