Nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de setembro de 1860, e faleceu em 15 de fevereiro de 1933, na mesma cidade. De origem francesa, ingressou em 1874 na antiga Escola Central (atual Escola de Engenharia a UFRJ), formando-se em Engenharia Civil em 1879 e em Engenharia de Minas no ano seguinte. Foi professor catedrático e diretor da Escola Politécnica (a mesma Escola Central em que se formara) e também do Colégio Pedro II. O título de conde lhe foi conferido pela Santa Sé. No exercício da profissão, percorreu pontos notáveis do interior do país e os estudos e observações que então realizou foram divulgados em relatório e conferências, como sucedeu, por exemplo, relativamente às minas auríferas de Assuruá, na BA, as jazidas carboníferas do Sul do Brasil e às grandes quedas d’água aproveitáveis para a energia elétrica. Como inspetor-geral das estradas de ferro, teve a oportunidade de examinar e comentar os dados colhidos e planejar os mais importantes traçados das linhas férreas brasileiras. Como diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, enfrentou e resolveu o difícil problema da duplicação da linha na Serra do Mar, onde os túneis e viadutos se sucedem. Ao tempo do presidente Rodrigues Alves, foi encarregado da abertura da Avenida Central, hoje Rio Branco. Engenheiro-chefe no Escritório das Obras do Novo Abastecimento de Água da Cidade, aumentou, em seis dias, de 15 milhões de litros o potencial de água do Rio de Janeiro. Como prefeito do Distrito Federal, renovou, em poucos meses, a antiga Capital Federal, dando-lhe belezas novas, melhorando as comunicações. Foi fundador diretor da Cia. Melhoramentos do Brasil. Projetou o saneamento da cidade de Cataguazes, foi senador eleito em 1917. Fez parte de diversas instituições culturais nacionais e estrangeiras, entre elas o Clube de Engenharia, a Sociedade de Geografia do RJ e o IHGB, para o qual entrou como sócio honorário em 6 de agosto de 1921.