Nasceu em João Pessoa, PB, em 7 de novembro de 1905, e faleceu em 1998. Filho de João de Lyra Tavares e Rosa Amélia de Lyra Tavares. Fez o curso ginasial no Colégio Militar (RJ), como aluno interno, por seis anos; os cursos Superiores da Escola Militar do Realengo, Turma 1925; Faculdade de Direito do Catete (RJ), em 1929; Escola Politécnica do Largo de São Francisco (RJ), em 1930; cursos de “Comando e Estado-Maior nas Escolas respectivas do Exército Brasileiro, em 1939, e do Exército dos Estados Unidos, em agosto de 1943, no Forte Leavenworth. Desempenhou as seguintes missões durante a 2ª Guerra Mundial: Chefe do Gabinete do Estado Maior da FEB, no interior, subordinado ao ministro da Guerra; Observador Militar junto ao V Exército dos EUA nas operações de invasão da África do Norte (Marrocos, Argélia e Tunísia), de 15 de março a 5 de agosto de 1943; e depois da guerra: chefiou, como tenente-coronel e coronel, a Missão Militar Brasileira, sediada em Berlim, no período de ocupação da Alemanha, durante os quatro anos e meio de 1946 a 1950, quando se organizou, em Bonn, a República Federal da Alemanha. De regresso ao Brasil, exerceu, no Rio Grande do Sul, comandos de tropa (Cachoeira do Sul) e de Batalhão Rodoviário (Lagoa Vermelha); transferido para o Rio, exerceu funções no EMFA e, como chefe do Gabinete, no EME, sendo promovido a general de Brigada, em dezembro de 1955. Promovido a general-de-Divisão, foi comandar a 2ª RM (São Paulo), em janeiro de 1962. Em 21 de janeiro de 1963 foi nomeado subchefe do EME por proposta do general Humberto Castello Branco. Em setembro de 1964, assumiu o Comando Militar do Nordeste, exercendo-o de 1964 a 1965. Comandou, em 1966 a Escola Superior de Guerra, passando a ser, no Governo Costa e Silva, em 1967, o ministro do Exército. Com o falecimento do Presidente, no regime do AI-5, passou a constituir, com os outros dois ministros militares, a Junta Militar que governou o País por dois meses, transferindo o poder ao presidente Emílio G. Médici, eleito pelo Congresso Nacional, que tinha a condição de Colégio Eleitoral. Já transferido para a Reserva, o Governo o nomeou para o seu primeiro e último cargo civil: embaixador do Brasil na França. Durante sua gestão foi, afinal, adquirido pelo Governo o edifício em que se instalou, condignamente, a nossa representação diplomática em Paris, precisamente na data do Sesquicentenário da Independência em 7 de setembro de 1972. Pertenceu às seguintes entidades culturais: Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, eleito em 1941 e promovido a sócio benemérito em 1964; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, eleito efetivo em 1966 e transferido a sócio benemérito em 1990; Academia Brasileira de Letras, eleito para a Cadeira nº. 20, em abril de 1970; PEN Clube do Brasil, eleito em 1968. Entre os seus livros figuram o Domínio Territorial do Estado (Prêmio Visconde do Rio Branco, da Escola Politécnica do RJ, instituído e com a publicação financiada pelo prof. Tobias Moscoso, para ser julgado e conferido pela Congregação), RJ, 1931; História da Arma de Engenharia. Ed. Biblioteca do Exército, 1942, RJ; Impressões da África do Norte (colhidas em campanha), Serviço Gráfico do Exército, 1944, RJ; Quatro Anos na Alemanha Ocupada. Ed. Biblioteca do Exército, 1953, RJ; Território Nacional. Soberania e Domínio do Estado, Ed. Biblioteca do Exército, 1955, RJ; A Engenharia Portuguesa na Construção do Brasil. Edição do Exército Português, Lisboa, 1965; Exército e Nação, editado pela Imprensa Universitária de Recife, Pernambuco, 1965; A Pesquisa Social e a Segurança da Democracia. Ed. Instituto Joaquim Nabuco de Ciência Social, Recife, Pernambuco, 1965; Orações Cívicas e Militares, prefácio de José Américo de Almeida. Ed. Imprensa Universidade do Ceará, 1968; O Exército Brasileiro Visto pelo seu Ministro. Ed. Universidade Federal de Recife, Pernambuco, 1968; A Engenharia na Batalha do Desenvolvimento. Ed. na Imprensa do Exército, 1969, RJ; Textos escritos Por Dever do Ofício. Impresso na Oficina Gráfica do Ministério do Exército, 1969, RJ; Discurso de Posse na Cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras 1970, RJ; Regards sur 5 siècles – France-Brésil, editado pela Agence de Communication Internationale, Novembro 1973, Paris, France; Biblioteca do Sesquicentenário – A Independência do Brasil na Imprensa Francesa, com prefácio de Pedro Calmon, 1973, RJ; O Brasil de Minha Geração. Ed. Biblioteca do Exército, Iº volume, 1976, RJ; O Brasil de Minha Geração, II.º volume, Ed. Biblioteca do Exército. 1977; RJ; Temas do Nosso Tempo. Editora Gráfica Luna Ltda. 1978, RJ; França-Brasil, ao longo de cinco séculos. Biblioteca do Exército, 1979, RJ; Vilagran Cabrita e a Engenharia do seu tempo. Ed. Biblioteca do Exército, 1981, RJ; Crônicas Ecléticas. Ed. Guia Comercial Guanabara Ltda., 1981, RJ; Nosso Exército, Essa Grande Escola. Biblioteca do Exército, 1985, RJ; Aristides Lobo e a República. Coleção Documentos Brasileiros. José Olympio, Ed. 1987, RJ; Colaborou com artigo sobre a Guerra do Paraguai no livro-álbum – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; 150 anos. 1988, RJ.