Uma tribuna para que os sócios possam publicar visões, análises, ensaios de conjuntura ou outros conteúdos relevantes do ponto de vista histórico ou cultural alinhados à missão institucional.
Bastante excepcional foi, no Brasil, o processo de valorização de seu Patrimônio Cultural, por ter sido protagonizado por artistas e intelectuais, adeptos do movimento moderno, diferentemente do que vigorava na Europa.
Todos sabemos que o Algarve é a província mais meridional de Portugal, e foi o último território tomado aos árabes na reconquista cristã.
Mas por que os Reis de Portugal se intitulavam "Reis de Portugal e dos Algarves d´aquém e d´além-mar", sempre no plural?
Uma visão, uma análise, uma memória ou um ensaio, por uma historiadora de 84 anos, estas páginas querem inserir.
Devem ser rápidas, serem nada e serem tudo. Mostrarem tranquilidade, observações históricas e revelações.
Na manhã de 7 de setembro, 2ª feira passada, participei do Programa Especial da Independência nos estúdios da TV Brasil, em Brasília, veiculado, entre as 09hs00 e 11hs00, em diversos canais de TV e nas redes sociais, comentando os acontecimentos históricos da Independência do Brasil.
As crises sanitária e econômica escancararam o legado insepulto de duas manchas de nossa história: a escravidão e o patrimonialismo, isto é, a captura de políticas públicas de interesse geral, por grupos que privilegiam interesses próprios. Esse desequilíbrio acentua-se, ainda, pelo federalismo crescentemente assimétrico da estrutura patrimonial do Estado brasileiro, apesar da sua solidez institucional.
Joaquim Veríssimo Serrão sentia-se ligado ao Brasil pela convicção de que o país fora a grande obra de Portugal e pela ideia de que precocemente delineou-se aqui um universo luso-brasileiro de referências, distinto do metropolitano. Essa atitude inspiraria diferentes trabalhos de valor direta ou indiretamente ligados à formação brasileira, levando ao reconhecimento de duas instituições que muito prezava, em 1965 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e em 1979 da Academia Brasileira de Letras, onde ocupava como sócio correspondente a cadeira número 7.