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No dia 24 de maio se comemorou o centenário de nascimento de um grande amigo e mestre muito querido. Refiro-me ao Dr. José Arthur Rios, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, falecido em 2017, aos 96 anos de idade, lúcido e ativo, cheio de projetos.

 Rios era viúvo de d. Regina Alves de Figueiredo, filha do grande jornalista e líder católico Jackson de Figueiredo (1891-1928), o qual por sua vez foi genro do filósofo cearense Raimundo de Farias Brito (1862-1917). Ideologicamente, há uma sequência entre os três membros dessa singular dinastia de genros ilustres, pois Jackson, convertido ao catolicismo em 1918, encontrou na fé a solução para as profundas inquietações espirituais e religiosas de seu sogro; e Rios, que não chegou a conhecer Jackson, também se manteve católico e sempre procurou na religião o fundamento das profundas investigações científicas que desenvolveu ao longo da vida.

Por outro lado, Jackson, que além de advogado e professor militou no jornalismo e na política, de certa forma trouxe para o campo das realizações humanas o que seu sogro cogitava no plano teórico; e Rios, de modo ainda mais particularizado do que Jackson, aplicou à Sociologia os mesmos princípios básicos que tinham inspirado os dois antecessores.

Originário de uma família baiana, Rios nasceu no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito e especializou-se em História e Museologia, mas a grande paixão de sua vida foi a Sociologia, matéria em que se graduou pela antiga Universidade do Brasil, e na qual fez Mestrado nos EUA, na Universidade da Louisiana. Publicou livros e centenas de artigos científicos ou de divulgação. Lecionou em universidades brasileiras e estrangeiras, exerceu funções públicas em diversos estados do Brasil, assessorou governadores em projetos sociais, foi consultor da ONU. Seu trabalho mais conhecido foi o amplo estudo sociológico de 12 favelas cariocas, publicado em 1960 por encomenda do jornal “O Estado de São Paulo”. Estranhamente, esse jornal, apesar de avisado do falecimento do sociólogo, nada publicou quando faleceu.

Durante dois anos, Rios realizou um rígido trabalho de pesquisa sociológica, utilizando metodologia científica aprendida nos Estados Unidos e inspirando-se na doutrina social da Igreja. Penetrou a fundo na realidade viva das favelas, tomou contato e até mesmo adquiriu intimidade com lideranças naturais surgidas entre os favelados, demonstrou que, contrariamente ao que constituía, naquele tempo, opinião generalizada, as favelas não eram guetos de marginais e criminosos, mas possuíam uma estrutura social complexa, com uma imensa força de trabalho nem sempre bem aproveitada e existindo dentro delas até mesmo “classes sociais”, com pobres, remediados e ricos. O conhecimento em profundidade dos grupos sociais favelados o levou a formular sugestões práticas e concretas, aos governos que assessorou, no sentido de urbanizar as favelas e melhorar as condições de vida, de higiene, de saúde básica, respeitando suas peculiaridades e modos de ser daquelas populações. Opôs-se sempre à solução simplificadora da remoção forçada para outros locais - o que não significaria a resolução de um problema, mas apenas a mudança de local dele. A urbanização das favelas devia, segundo ele, ser feita de dentro para fora, pelos próprios moradores ajudados pelo Poder Público, obedecendo ao mesmo impulso orgânico que as constituíra, e não mediante iniciativa externa das prefeituras.

Possuía cultura humanística ampla, que lhe permitia abordar temas de natureza muito variada. A lista dos seus escritos impressiona. Vai da História às Ciências aplicadas, passando por Literatura, Folclore, Filosofia, Artes etc. Como orador, era excepcional. Sem favor, posso dizer que foi um dos melhores que conheci. Uma coleção dos necrológios que pronunciou, durante anos, nas sessões magnas do IHGB, sobre sócios falecidos, por certo daria um volume de grande interesse.

Homem de firmes convicções, era no trato ameno, acolhedor, paternal, extremamente atencioso e amável. Conversava com os mais jovens membros do IHGB como que de igual para igual, interessava-se pelos estudos que cada qual desenvolvia, sabia estimular a curiosidade e o senso de pesquisa de todos. Tenho muitas saudades das visitas que lhe fazia, no seu gabinete do IHGB, sempre que ia ao Rio.

Somente se mostrava irritado quando defendia a memória de seu sogro contra incompreensões e insinuações malevolentes. Quando ouvia dizer que Jackson era “fascista”, ou que se teria suicidado - especulação lançada por uma brazilianist norte-americana - não escondia a irritação. Na verdade, Jackson estava pescando na Gruta da Imprensa, em companhia de seu filho ainda menino, quando perdeu o equilíbrio e caiu no mar. Rios apontava, com veemência, a inverossimilhança de um suposto suicídio feito na frente de um filho pequeno!

Quem desejar conhecer melhor o grande brasileiro que foi José Arthur Rios, leia a conferência com que o homenageou o Dr. Alberto Venâncio Filho, no dia 6/7/2011. Está disponível na coleção digitalizada da “Revista do IHGB” (www.ihgb.org.br).

 

(artigo publicado no “Jornal de Piracicaba”)

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