Nasceu em São Paulo, SP, em 15 de outubro de 1906, e faleceu em 28 de novembro de 2000, na mesma cidade. Filho de Policargo de Magalhães Viotti, advogado, e de Marieta Abranches Viotti. Fez o curso secundário no Colégio Anchieta de Nova Friburgo. Ingressou na Companhia de Jesus em 1922. Cursou Ciências e Letras e Filosofia no Colégio Máximo de Nova Friburgo. Teologia no Colégio Máximo de São Miguel, República Argentina. Ali se ordenou sacerdote em 1936. Doutor em Filosofia e licenciado em Teologia. Escritor e professor durante muitos anos. Capitão capelão militar da FEB (1944/1945). Medalhas de Guerra, de Esforço Militar e “Fourragère” da condecoração do Mérito Militar de Portugal. Reitor dos Colégios São Luís de São Paulo (1946/1949) e Antônio Vieira da Bahia (1957/1959). Fundador e primeiro diretor da Faculdade de Ciências Econômicas São Luís (1949). Professor de Doutrina Católica e assistente eclesiástico da Faculdade de Filosofia “Sedes Sapientiae” (1949/1952). Ex-titular da cadeira de História do Brasil e da América na Faculdade de Filosofia dos Jesuítas, atualmente em Belo Horizonte. Diretor do Arquivo Metropolitano de São Paulo (1972/1981). Participante do 2º Congresso de História da América em Buenos Aires (1937), tomou parte ativa em outros congressos de História e de Ensino, no Brasil. Conferências em Assunção, a primeira sobre relações paraguaio-brasileiras durante o século XVI (1961), outra sobre Anchieta. Pertenceu ao Instituto Histórico de São Paulo, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ao de Minas Gerais, Espírito Santo, Sorocaba e São Vicente, à Sociedade de Estudos Históricos, à Associação de Professores Universitários de História. Autor de cerca de 230 trabalhos publicados em revistas e jornais, a maioria sobre história da Companhia de Jesus no Brasil. Vinha há cerca de quarenta anos se ocupando na biografia e à causa de canonização do Beato José de Anchieta, tendo para isso realizado pesquisas em arquivos e bibliotecas da Europa (1957 e 1981). Em 1966, publicou o livro Anchieta, o Apóstolo do Brasil, premiado em primeiro lugar no concurso do Dia Nacional de Anchieta. Em 1948, o opúsculo Docentes Servare – Temas de Educação e Ensino (coletânea). Em 1953, A Causa de beatificação do Ven. Pe. José de Anchieta. Em 1975, Nóbrega e Anchieta – Memória Literária. Ocupando-se nestes últimos anos das Obras Completas de Anchieta, editou os seguintes livros: Cartas, já em 2ª edição (1984), Sermões (1987), Textos Históricos (1989), livros publicados com introdução e notas, pela Edições Loyola de São Paulo. Em 1987, em edição patrocinada pela Tenenge-Odebrecht, o volume ilustrado Anchieta, com resumo biográfico e notas e tradução em inglês, agora em 2ª edição com o título de Anchieta nas Artes, com a colaboração do pe. Murilo Moutinho (Edições Loyola, 1991). Trabalhos em jornais e revistas, de maior interesse: La Universidad en sus Origenes, na revista Estúdios de Buenos Aires (1936). Anchieta e o Mar, em Anuários de Estúdios Atlânticos, Madri-Las Palmas (1957). Los fundadores de São Paulo, em Razón y Fe de Madrid (1954). Na revista Verbum da Pontifícia Universidade Católica do RJ: A concepção católica da economia política e social (1948), Felix Guisard (1962), Anchieta e a Eucaristia (1955), Anchieta, autor do Poema de Mem de Sá (1963), Anchieta e a Coligação dos Tamoios (1966). Na Revista de História da USP: A fundação de São Paulo pelos Jesuítas (1954), Para uma Biografia de Nóbrega (1956), Alguns Documentos Inéditos sobre o Pe. Anchieta (1959), Anchieta e o IV Centenário de Pinheiros (1962), Anchieta e as Velhas Igrejas de São Paulo (1964), Expansão da Igreja no Brasil Independente (1972). Na Revista Eclesiástica Brasileira: Pio IX e o Brasil. Em Vozes: Bolés e Outros Hereges (1953). Poder-se-iam acrescentar as colaborações inseridas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e na do Instituto Histórico de São Paulo.