Nasceu em Valença, BA, em 1812, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 18 de janeiro de 1867. Filho de Joaquim Cruz da Silva Ferraz e Custódia Moniz da Silva Ferraz. Magistrado e político, bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Olinda (1834); promotor público, por nomeação, em Salvador, logo em seguida à sua formatura. Juiz de Direito em Jacobina (BA); deputado provincial e deputado-geral de 1843 a 1856 pela Bahia. Senador do Império em 1857, sempre representando a Bahia; inspetor da Alfândega da Corte (1848); juiz dos Feitos da Fazenda (1853); presidente do Rio Grande do Sul (1857/1859). Fez parte de três ministérios: foi ministro da Fazenda em 1859, no gabinete que organizou e presidiu, ministro da Guerra em 1865, no gabinete organizado pelo marquês de Olinda e, ainda, ministro dessa mesma pasta em 1866, no gabinete da Zacarias. Acompanhou o Imperador, enquanto seu ministro, a Uruguaiana, quando essa cidade se achava ocupada por um destacamento militar paraguaio, assistindo à rendição do mesmo. Talvez pelo acontecimento, foi nomeado barão de Uruguaiana, com grandeza, por decreto de 8 de outubro de 1866. Da Ordem de Cristo (Portugal) e da Ordem da Rosa (Brasil). Do Conselho do Estado, ingressou no IHGB em 23 de janeiro de 1845, como sócio correspondente. Publicou: Proposta e Relatório ... Apresentado à Assembleia Geral Legislativa na Quarta Sessão da Décima Legislatura. Rio de Janeiro, 1860. – Regulamento do imposto do Selo e Sua Arrecadação, Rio de Janeiro, 1860 – Regulamento da Alfândega do Império do Brasil, Rio de Janeiro, 1860, 318 p – Aviso do Ministério da Guerra, Criando e Dando Instruções à Comissão de Exame da Legislação do Exército. Rio de Janeiro, 318 p. – Relatório da Comissão Encarregada pelo Governo Imperial... Rio de Janeiro, 1865.