Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de maio de 1794, e faleceu em Paris, em 15 de novembro de 1874. Filho do capitão Antônio Luís Ferreira de Meneses Vasconcelos de Drumond e Josefa Januária de Sá e Almeida. Era tio do internacionalista e também sócio do Instituto, Antônio de Vasconcelos Menezes de Drumond. Após ter feito alguns estudos de humanidades, ainda muito jovem foi convidado a trabalhar (1809) na chancelaria do reino recentemente instalada no Brasil, tendo como sede a cidade do Rio de Janeiro. O ministro Tomás Antônio de Vilanova Portugal, amigo de seu pai, formulara o convite levando em conta, segundo Joaquim Manuel de Macedo, a inteligência e o preparo do rapaz. Um ano se passou e o jovem burocrata, aos 15 anos de idade, recebeu “a graça do hábito da Ordem de Cristo com a tença de dois mil-réis”. Na década de 1820, exerceu grande atividade na articulação do movimento da Independência. Amigo dos Andradas, em 1823 acompanhou os irmãos, em sua passagem do ministério para a oposição. Publicou o periódico O Tamoyo, do qual foi o redator principal e, dissolvida a Constituinte (1823), foi processado, desterrado, voltando para o Brasil só em 1829. Desejando seguir a carreira diplomática, obteve, finalmente, em 1830, o posto de encarregado de negócios interino e cônsul-geral na Prússia, Saxônia e alguns outros estados da Alemanha. Em 1834 foi promovido a encarregado de negócios na Sardenha. Removido, um ano depois, para os Estados Pontifícios, para Toscana, Parma e Nápoles. Elevado à condição de ministro residente (1836) nos Estados Pontifícios, Toscana além de ser acreditado na Sardenha. Primeiro ministro Plenipotenciário em Lisboa (1839/53). Sua exoneração do cargo na capital portuguesa deveu-se ao fato de Drumond ter denunciado abusos de uma indústria que exportava seus produtos para o Brasil de forma pouco ética. As autoridades portuguesas não aceitaram a censura e reagiram, levando o governo brasileiro a exonerar o seu ministro. Colaborou para o Journal des Voyages e para os Archives Geographiques du 19 ème Siècle, coligiu inúmeros documentos de interesse ao estudo da História do Brasil. Já em idade avançada e tendo perdido a vista, dirigiu-se a Paris à procura de especialistas, perdendo aí mesmo sua vida. Da Ordem Toscana do Mérito era condecorado pela grã-cruz da Ordem de S. Maurício etc... Do IHGB, para onde foi eleito em 19 de janeiro de 1839, na condição de sócio correspondente, e para a de honorário em 1842. Publicou: Antiquités americaines Revue Générale de l’Architecture et Des Travaux Publics. Paris – Voyage minéralogique dans la province de Saint Paul du Brésil. Journal des Voyages, Paris – Nota sobre negociação pendente para fazer efetivo o tratado do Império do Brasil com a Guiana Francesa. In: Moraes, A. de Mello. Corographia do Brasil..., Redução dos direitos do Brasil. Idem. – Questão sarda para isentar da legislação do consulado brasileiro os passaportes e róis de equipagem de seus navios. Inédito – Questão da Grã-Bretanha com o Império do Brasil acerca da linha de limites da fronteira no norte do mesmo Império, de que se pretende apossar, Idem. – Memória sobre a colonização dos estrangeiros no Brasil, Idem. – Anotações de A. M. V. de Drumond à sua biografia. Rio de Janeiro, 1890,. 149p.