Nasceu no Recife, PE, em 7 de setembro 1866, e faleceu no Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1956. Filho do professor Cícero Peregrino da Silva e de Maria Sousa Leão Peregrino da Silva. Fez o curso secundário no Ginásio Pernambucano e o superior na Faculdade de Direito de Recife (1885). Dez anos depois, nessa mesma Faculdade, recebeu o título de Doutor em Direito. Foi bibliotecário da Faculdade, diretor-geral da Biblioteca Nacional (1900/24), professor substituto em 1914 e catedrático de Direito Romano, desde 1915, da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Diretor-geral de Instrução Pública do Distrito Federal (1917/18) em 1919 ; durante alguns meses, prefeito interino, diretor-geral da Propriedade Industrial (1921/31), diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro e ao mesmo tempo, reitor (1926/30). Diretor-geral do Departamento Nacional de Ensino (1927/28). Presidente do Instituto Franco-Brasileiro de Alta Cultura (1926/30) e do Inst. Teuto-Brasileiro de Alta Cultural (1929/30). Presidente da Comissão do Centenário do IHGB (1928). Presidente da Comissão Organizadora da Assembleia Inaugural do Inst. Pan-Americano de Geografia e História, Representante do IHGB na Conferência de Limites Interestaduais. Representante do Brasil na Primeira Conferência Pan-americana de Especificações (Lima). Dirigiu a publicação dos Anais da Biblioteca Nacional. Sua atividade como diretor da Biblioteca Nacional foi intensa, seja promovendo publicações, cursos, conferências, exposição (6° Centenário da Morte de Dante), criação da Sala Especial de Leitura de Jornais e Revistas, Sala de Consulta de Manuscritos, construção de estufa para desinfecção dos livros lidos durante o dia, decoração do salão de leitura com painéis de Bernardelli, Visconti, Amoedo e esculturas de Bernardelli e Correia Lima, encomendou a Visconti o ex-libris da Biblioteca, e fez copiar documentos em bibliotecas e arquivos europeus. Em 1911, instituiu, pela primeira vez no Brasil, um curso de Biblioteconomia. Visitou países estrangeiros para examinar os serviços de bibliotecas importantes. Integrou muitas associações culturais e estrangeiras, principalmente de suas especialidades, História, Direito e Educação, entre elas a Hispanic Society of América, a Societé das Américanistes, Acad. Nacional de la História (Argentina), a Soc. Brás. de Direito Internac., Junta de hist. Nacional (Uruguai), IHG do Uruguai. Em 21 de julho de 1905, foi eleito sócio efetivo do IHGB. Passou a honorário em 12/05/1914 e a benemérito em 1917. Foi primeiro vice-presidente e assumiu a presidência em julho de 1938 à morte do Conde de Afonso Celso, entregando-a em maio de 1939 ao terceiro vice-presidente, depois presidente eleito J. C. de Macedo Soares. Possuía a Insígnia de Grande Oficial da Ordem do Sol (Peru), a Comenda da Ordem da Estrela (Romênia), a da Cruz Vermelha Alemã, as Insígnias da Acad. Portuguesa da História e de Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito (Brasil). Doutor honoris causa pela Faculdade de Jurisprudência da Univ. Maior de S. Marcos de Lima. Foi também homenageado pela P.D.F. que deu seu nome a uma escola desta cidade. Maria Carolina M. Fleiuss, na R. IHGB, v. 176, 1911, arrolou seus inúmeros trabalhos publicados, entre os quais: “A justiça penal entre os romanos” (dissertação), Recife, 1895, o 1° deles – “Da remodelação por que passou a Biblioteca Nacional e vantagens daí resultantes” (Anais da Biblioteca Nacional) – “O patriarca dos jornalistas brasileiros: Hipólito Joseph da Costa Pereira Furtado de Mendonça, Rio de Janeiro, 1923 – “Pernambuco e Confederação de Equador”, Rio de Janeiro, 1924 Regulamento para a Academia de Altos Estudos fundada pelo IHGB em 1915 (em colaboração com Epitácio Pessoa), D.O. de 28/3/16 – Apontamentos sobre as primeiras relações diplomáticas entre o Peru e o Império do Brasil – Conferências – Discursos – Relatórios.