Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior nasceu em Ouro Preto, MG, em 31 de março de 1860, e faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1938. Era filho de visconde do Ouro Preto, do mesmo nome, último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo. Católico fervoroso – esta, talvez, um das características mais marcantes de sua personalidade – tantos e tão brilhantes serviços prestou à Igreja Católica, que recebeu o título honorífico, de que sinceramente muito se orgulhava, de conde do Vaticano. Bacharelado e doutorado em Direito pela Faculdade de S. Paulo, foi, por quatro vezes, eleito deputado-geral por MG. Na Câmara, exerceu as funções de primeiro secretário. Sobre a sua experiência como deputado deixou um livro interessantíssimo: Oito Anos de Parlamento. Quando da proclamação da República, acompanhou o pai ao exílio, à volta do qual abandonou a política, dedicando-se à advocacia, ao magistério e ao jornalismo. Durante muitos anos, colaborou no Jornal do Brasil e outros jornais. Praticou a poesia, em que se iniciou aos 15 anos, com o livro Prelúdios. Jurista de mérito, foi professor de Economia Política e diretor da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do RJ, reitor da Univ. do Brasil, membro da ABL e de outras importantes associações. Entrou para o IHGB em 1892 como sócio efetivo, tendo sido elevado a honorário em 1909, a benemérito em 1913 e a grande-benemérito em 1917. Nesta Casa, foi, por muitos anos, orador e, de 1912 a 1938, presidente perpétuo. Foi quem instalou o Instituto, em 21 de outubro de 1913, na ala que edificara para sua sede, no flanco do Silogeu Brasileiro, à esquina das avenidas Augusto Severo e Teixeira de Freitas. Comendador da Ordem de Leopoldo da Bélgica, oficial da Legião de Honra da França, oficial de Santiago de Portugal, membro da Ordem Pro Ecclesiae et Pontífice, da Santa Sé. Publicou, além dos já citados e de muitos artigos, discursos e conferências, os livros: Da Imitação de Cristo – Vultos e Fatos – Minha Filha – O Imperador no Exílio – Discursos Parlamentares – Visconde de Ouro Preto – Porque me Ufano de Meu País (que deu origem ao substantivo “ufanismo”).