Nasceu em San Sebastian, Espanha, em 23 de maio de 1887, e faleceu em São Pedro da Aldeia, RJ em 20 de setembro de 1973. Brasileiro naturalizado. Filho do também engenheiro e arquiteto espanhol, radicado no Brasil, sobre quem escreveu o belo livro Figura, Vida e Obra de Adolfo Morales de los Rios, RJ, 1959. Fez o curso primário no Externato Ruch (na rua São José, RJ), o secundário no Instituto de Humanidades, antigo Colégio Kopke (rua do Catete) e no Colégio Abílio (Praia de Botafogo). Prestou os exames de preparatórios no Colégio Pedro II e na Escola Naval. Fez os cursos superiores de Engenharia na Escola Politécnica e o de Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes do RJ (1914). Foi consultor técnico do Ministério do Trabalho. Professor de História da Arquitetura e de Teoria e Filosofia da Arquitetura na Escola Nac. de Belas Artes (U.B.). Professor de História do Urbanismo do Instituto de Artes (UDF). Professor de Desenho da Escola Normal de Artes e Ofícios, docente de Desenho (por concurso) do Instituto de Educação do RJ. Professor de Desenho do Colégio Pedro II e das Escolas Técnicas Manuel Buarque e Comandante Midosi (da Marinha Mercante), professor de Desenho Técnico das Escolas Profissionais Álvaro Batista, João Alfredo, Bento Ribeiro, Rivadávia Correia, Visconde de Cairu, Visconde de Mauá e Souza Aguiar, da P.D.F. e do Curso Complementar da Fac. de Medicina (U.B.). Professor de Desenho de Arquit. da Escola Técnica Nac. do MEC e de História de Arte no Curso Superior de Museus do Museu Histórico Nacional. Participou de comissões examinadoras de concurso a cátedras e livre-docências. Doutor honoris causa da U.B. Integrou a Comissão Organizadora da Regulamentação das Profissões de Engenheiro, Arquiteto e Agrimensor. Foi presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (1936/1960). Projetou e construiu ou fiscalizou inúmeras obras, sendo de assinalar-se, especialmente, segundo Pedro Calmon no seu necrológio: “Presidiu, com dedicação total, a Comissão de Obras que superintendeu a construção desta nova sede (IHGB), promovendo a elaboração do projeto, contratando a construção e conduzindo as obras de estruturas das fundações, subsolo, loja e sobreloja, segundo bem destacou o seu ilustre sucessor, o nosso confrade Paulo Ferreira Santos. Só se afastou, a pedido, ao completar 80 anos de idade e por motivo de saúde. Está aí dito tudo para sua benemerência.” Pertenceu à Soc. Central de Arquitetos, à Assoc. Bras. de Urbanismo, ao Inst. Central de Arquitetos (do qual foi presidente), ao Comitê Permanente de Congressos Panamericanos de Arquitetos, ao American Institute of Architecture, à Associación de Arquitectos de Chile, às Soc. de Arquitetos da Argentina, do Uruguai e de Cuba, ao Sindicato Nacional de Arquitetos de Portugal, à Soc. Amigos de la Arquelogia, à Acad. de Belas Artes do Instituto do Brasil, ao IGHMB, ao IH/Ouro Preto, ao IHG/RJ, ao IGH/BA. Foi eleito sócio efetivo do IHGB em 31 de agosto de 1948 e benemérito em 20 de julho de 1966. Recebeu inúmeras premiações e honrarias, entre elas a Ordem do Mérito da Engenharia e Arquitetura, a Ordem Nac. do Mérito e as do Mérito Militar e Aeronáutico (Brasil), Ordem de Isabel-la-Católica (Esp.), Mérito Naval (Brasil), Militar de Cristo (Portugal) e muitas outras. Autor de inúmeros artigos (cerca de 150) em revistas especializadas, e de 50 conferências sobre temas artísticos e históricos. Podemos referir: “Ensino artístico. Subsídios para sua história no Terceiro Congresso Nacional” – Um Capítulo 1815/1889, RJ, 1942 – Grandjean de Montigny e a Evolução da Arte Brasileira, 1941 e O Rio de Janeiro Imperial, 1946 (ambas premiadas pela ABL) – Dois Notáveis Engenheiros: Pereira Passos e Vieira Souto, RJ, 1952 – Escolas e Oficiais Técnicos do Antigo Brasil e para começar: A Escola de Sagres, 1953 – Contribuição dos Militares de Terra para Existência e Progresso do Rio de Janeiro – Teoria e Filosofia da Arquitetura, 2 vols.