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Nasceu em Cuiabá, MT, em 5 de maio de 1866, e faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958. Filho de Cândido Mariano da Silva. Tendo nascido órfão de pai e perdendo a mãe aos 2 anos de idade, foi criado e educado pelo tio Manuel da Silva Rondon. Concluídos os estudos primários em Mimoso, subúrbio de Cuiabá, matriculou-se no Liceu Cuiabano. Diplomou-se professor normalista aos 16 anos de idade. Alistou-se no Exército, em 1881, no 3° Regimento de Artilharia a Cavalo, sediado em Cuiabá. Pouco depois, foi transferido para o 2° Regimento de Artilharia, ainda como soldado, na capital da República. Em 1883, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha. Fez os cursos de todas as Armas, de Estado-Maior e Engenharia. Ao concluir o curso em 1888, recebeu os graus de engenheiro militar e bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Em 1890, já primeiro tenente, foi nomeado ajudante da Comissão de Linhas Telegráficas de Cuiabá ao Araguaia, chefiada pelo coronel Gomes Carneiro. Em 1892, Benjamin Constant, seu colega de estudos, nomeou-o professor de Matemática e Astronomia da Escola Militar. Mas, essa não era sua vocação. Demitiu-se, e foi servir, novamente, no longínquo oeste como chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso, encarregado de cerca de 100 léguas de selva e o encargo de prosseguir os trabalhos na mesma linha que antes ajudara a construir. Ainda no mesmo ano, foi incumbido pelo marechal Floriano Peixoto da construção de uma estrada estratégica entre Cuiabá e o Araguaia. Em 1898, foi chamado ao RJ para exercer as funções de auxiliar técnico da Intendência da Guerra, de onde saiu, em 1890, para construir a linha telegráfica de mais de 1.800 quilômetros ligando Cuiabá a Corumbá, obra notável pela dificuldade e complexidade, através do pantanal, que atingiu também Aquidauana e Forte Coimbra, terminada somente em 1904. Promovido a major, continuou os trabalhos, empolgado em legar a linha até Nioac, Porto Murtinho, Miranda, Bela Vista e Margarida, na fronteira com o Paraguai. O presidente Afonso Pena, empolgado com sua atuação, confiou-lhe aquela que seria o coroamento de sua obra de engenheiro militar: a construção da linha tronco de Mato Grosso até o vale do Madeira, depois estendida ao Acre, Purus, Juruá e Manaus. Em 1908, promovido a tenente-coronel, continuou o trabalho de devassador do território ocidental, fazendo o levantamento de numerosos rios e promovendo o contato civilístico a grande número de grupos indígenas, como vem descrito na Rondônia, de Edgard Roquete Pinto. Seu lema, que o imortalizou e modificou toda a política nacional em relação aos índios, era “Morrer, se preciso for: matar, nunca!” Em 1910, criou-se, por suas instâncias, o Serviços de Proteção aos Índios, do qual foi designado chefe. Em 1912, foi elevado a coronel. Em 1913, o ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt veio ao Brasil com o fito de penetrar nas selvas brasileiras. Rondon organizou e dirigiu a Expedição Científica Roosevelt-Rondon, que tornou possível o levantamento de toda a região banhada pelo Rio da Dúvida, até então desconhecido. A expedição partiu de Corumbá, alcançou Cáceres e Diamantino, entrou nas terras dos Pareci e dos Nnhambiquara e foi até Manaus. Dessa viagem de caráter estritamente científico, resultou o livro de Theodoro Roosevelt Through the Brazilian Wilderness. Rondon foi promovido a general de brigada em 1919 e nomeado diretor de Engenharia, sem deixar, entretanto, a chefia da Comissão Rondon até 1924. Nesta ação, passou a outra atividade militar, inédita em seu currículo: assumiu o comando das forças legalistas em operações de guerra no Paraná e Santa Catarina. Em 1927, foi nomeado inspetor de fronteiras, visitando todas aquelas que nos separam dos países do norte amazônico, sem relegar as importantes divisas da região do Prata. Foi reformado em 1930, mas em 1934 o presidente Vargas reclamou novamente seus serviços, como mediador na Questão de Letícia, entre Peru e Colômbia. Rondon, com sua atuação, evitou a guerra entre os dois países. Em 5 de maio de 1955, no plenário do Palácio Tiradentes, na Capital Federal, sede da Câmara dos Deputados, o grande desbravador e civilizador recebeu, diante do Congresso reunido, as platinas de marechal, com que fora premiado pelo governo por sua vida e sua obra. Só não alcançou a maior glória que lhe deveria ter sido prestada, embora várias vezes a ela proposta: a homenagem do mundo através do “Prêmio Nobel da Paz”. A homenagem maior que o Brasil lhe concedeu foi dar seu nome ao território, hoje Estado, que ele explorou, em sua extensão, e integrou à civilização: Rondônia. Possuía inúmeras condecorações, entre as quais a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar, a Legião de Honra da França, a Ordem da Coroa da Bélgica, a Ordem del Sol do Peru, a de Boyacá (Colômbia) e a inscrição no Livro do Mérito, do Brasil. Membro de várias instituições: presidente do Conselho Nacional de Proteção aos índios, Sociedades de Geografia de Paris, New York, Haya, Bélgica, Roma, Lima, Institutos Históricos e Geográficos do Sergipe, Pará, Ceará, Pernambuco, Paraná (presidente de honra), A.B.E. É extensa a bibliografia sobre o grande brasileiro. Foi eleito sócio honorário do IHGB em 14 de abril de 1939. Publicou: Relatórios sobre os trabalhos de Construção de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas – Conferências de 1915, sobre os trabalhos da Comissão de Linhas Telegráficas – Conferências de 1910, em São Paulo, e várias publicadas em jornais do Rio de Janeiro – “A Etnografia e a Etnologia do Brasil em revista” (tese apresentada em 1940 ao Conselho Nacional de Estatística e Geografia).