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No futuro, no progresso cultural, acumulativo e complexo, não haverá vencedor único e permanente. Entre o oral e o escrito e o visto.

Na terça-feira, por volta de uma da tarde, perguntei à recepcionista. Quantos? Mais de duas mil pessoas já tinham assistido à exposição, respondeu. Em Veneza. Do Pavilhão do Brasil, deste ano, na Bienal de Arte.

A exposição chama-se “Com o coração saindo pela boca”, de Jonathas de Andrade, alagoano que mora no Recife. Artista contemporâneo. Agora, de renome internacional.

Dedo podre. Costas quentes. Pé na bunda. Mão dupla. Na ponta da língua. Molhar a mão. Comer com os olhos. Pé de guerra. Saco cheio. Nó na garganta. E por aí vamos. São mais de duzentas expressões como estas. O que elas têm em comum?

São todas expressões da oralidade popular. Todas se referem a alguma parte do corpo humano. Não vivem do escrito, mas se sustentam no dizer. No falar. Atravessam gerações, usuários e regiões. Não existe autoria determinada que com certeza se saiba. São do brotar da espontaneidade. Não têm tradução precisa para outras línguas estrangeiras. E por aí vamos.

É um achado linguístico, um tesouro, transformado em arte por Jonathas e Jacopo Crivelli Visconti, curador da exposição.

A porta de entrada da exposição foi modelada como uma grande orelha, um ouvido, por onde fisicamente entramos. A porta de saída é a outra orelha, o outro ouvido por onde saímos. Assim a interatividade começa pelo próprio prédio, o local da exposição.

Mas os autores pretenderam mais. É arte política também. Porque depende da prática, do uso popular. Uma política acima de classes, partidos ou ideologias. Não são guardadas em biblioteca ou documentos ou tecnologia quaisquer. Vivem na voz do povo, da igualdade, da democracia e da participação. Voz que transforma o próprio corpo em sua expressão.

Existem porque voam e se recontinuam.

São expressões que não precisam de explicação para sua compreensão, corpo a corpo.

A conclusão é inevitável. A nossa palavra não é feita apenas de letras, do alfabeto, mas também de fonemas. De tonalidades, de gritos, de harmonias. A voz pode ser traduzida em letras. Mas não é letra.

A entrada de Fernanda Montenegro e de Gilberto Gil na Academia Brasileira de Letras, por exemplo, simbolizam a força que a voz e a oralidade têm assumido na cultura. Nossa e do mundo.

Basta reconhecer a tendência da inovação tecnológica. Entramos na era dos comandos de voz. Dos podcasts, dos “postcasts” e alexas. Da internet de voz. É como se a voz tivesse se aliado à imagem e ambos agora competem com as letras.

O fonema é uma expressão da literatura também.

No futuro, no progresso cultural, acumulativo e complexo, não haverá vencedor único e permanente. Entre o oral e o escrito e o visto. Haverá sucessivas e alternadas ondas de preferências e dominâncias, como a história tem sido feita.

Pois como diria, parodiando, Joaquim Nabuco, muito antes de Bauman, em Minha formação, de 1900: a terra, o futuro, se tornou “líquido e movente”. Como a voz. Verba volant.

E assim permanece.

                                            Joaquim Falcão, jurista e membro da Academia Brasileira de Letras

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