Uma tribuna para que os sócios possam publicar visões, análises, ensaios de conjuntura ou outros conteúdos relevantes do ponto de vista histórico ou cultural alinhados à missão institucional.
O estrago que a polarização vem causando parece não ter fim.
Marco Maciel
Em 12 de junho de 2021, aos 80 anos, morria Marco Maciel. Advogado e político, foi deputado, governador de Pernambuco, senador e serviu como o 22.º vice-presidente da República de 1995 a 2003. Ao percorrer seu imenso currículo no portal da Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira 39, vejo em primeiro lugar na lista de títulos que lhes foram outorgados - e tenho certeza que agradaria a Maciel tê-lo aqui citado – o de Tricolor do Século dado pelo Santa Cruz Futebol Clube, o time das massas populares, da “poeira”, como era chamado o povo pobre do Recife, pelo menos à época em que o nosso futuro sócio correspondente ingressava na Faculdade de Direito, no final da década de 1950.
Depois de circular na rede como importante descoberta da troca de cartas em tupi entre indígenas no Nordeste brasileiro do século XVII, um artigo originalmente publicado no jornal da USP serviu de base para matéria veiculada no Jornal Nacional em 12 de novembro, 6a feira, na qual os índios são apresentados como os derrotados de uma História contada pelos vencedores.
No dia 24 de maio se comemorou o centenário de nascimento de um grande amigo e mestre muito querido. Refiro-me ao Dr. José Arthur Rios, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, falecido em 2017, aos 96 anos de idade, lúcido e ativo, cheio de projetos.
Para esta edição comemorativa da centésima edição da Revista HC tivemos a honra de contar com um artigo do professor e historiador Jali Meirinho, membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Ele apresenta uma retrospectiva do surgimento das grandes Revistas de História do mundo e do Brasil. Neste contexto o professor Jali comenta a importância da HC nos seus 15 anos de circulação.
Por quais astúcias da teimosia do ausente – belo título de um de seus poemas – vim a tomar ciência tardiamente da obra de Ida Vitale? Por um imprevisto prosaico, digamos assim. Eu conheço a editora e tradutora da recém publicada antologia poética de Vitale, seu primeiro livro no Brasil: Não sonhar flores. Vem sob a rubrica da Roça Nova e é servida por uma bela e exímia tradução de Heloisa Jahn; tradução “sem tirar nem por”. E, no entanto, há pouco tempo ela recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes, 2018, o mais prestigioso da língua espanhola.
Comemorar e celebrar são dimensões simbólicas importantes nas diferentes culturas. Envolvem afetos, naturalmente, mas além deles significam assinalar marcos, utilizar a coletivamente a memória e sobretudo traduzir valores.
Carlos Wehrs marcou presença no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Ativo, colaborador, presente, amigo. Muito assíduo, mesmo antes de sua incorporação como sócio, jamais perdeu o interesse pela Casa e pelos confrades.
A pandemia nos esfrega na cara a presença da morte. Num mundo desenhado por extraordinárias conquistas científicas e tecnologias, a doença moral é um desalinho.
Os senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru acionaram o Supremo sobre uma conduta omissiva do presidente do Senado em instalar CPI regularmente proposta.