Resumo
Esta revisão coletiva analisa quatro importantes trabalhos recentes publicados sobre a Segunda Escolástica espanhola, e mais especificamente sobre a Escola de Salamanca. O autor argumenta que a Escola de Salamanca ainda lança luz sobre questões atuais como os direitos humanos, a igualdade de todos os seres humanos, a autonomia do poder civil, a existência de uma comunidade humana global e a necessidade de entendimento entre os povos. No estudo atual da Escola de Salamanca, no entanto, percebe-se a falta de uma maior coordenação internacional entre todas as iniciativas. É preciso trabalhar mais para superar certas barreiras culturais, especialmente idiomáticas, e para melhorar a capacidade de integrar as diversas perspectivas a partir das quais se pode abordar este movimento cultural. A Escola de Salamanca deve ser analisada “holisticamente”, ou seja, como uma parte e como um todo: como parte de um movimento mais amplo, chamado de escolasticismo – que promove um método particular de estudo – e como um todo autônomo que surgiu em Salamanca. Excluir qualquer uma das abordagens possíveis, como alguns autores insinuam, em vez de levar à precisão intelectual, é uma limitação do conhecimento. A unidade da realidade exige unidade no conhecimento.
Palavras-chave: Justiça Restaurativa. Justiça de Transição. Massacre de Greensboro. Comissão da verdade e Reconciliação. Estudo de caso.
|
Abstract
This collective review analyzes four significant recent books about the second Spanish scholasticism and, more specifically, the School of Salamanca. The author argues that the School of Salamanca still sheds light on current issues, such as human rights, the equality of all human beings, the autonomy of civil power, the existence of a global human community, and the need for understanding between peoples. However, current scholarly interest in the School of Salamanca could benefit from greater international coordination among the various initiatives. Work should continue to overcome specific cultural barriers among scholars, especially language barriers, and to integrate the diverse perspectives from which to approach this cultural movement. The School of Salamanca should be analyzed holistically, first as a part of a more significant movement called scholasticism, which promotes a specific method of study, and second, as an autonomous whole that arose in Salamanca. To exclude any possible approaches, as some of the works reviewed here suggest, means to put up barriers to knowledge rather than to achieve intellectual accuracy. The unity of reality demands unity in knowledge.
Key Words: School of Salamanca, Spanish scholasticism, Francisco de Vitoria, Thomas Duve, Thomas Aquinas.
|